Mato Grosso do Sul tem cenário de escalas de abate curtas, e mesmo assim, frigoríficos tentam pressionar preços da arroba do boi para baixo

Publicado em 17/05/2023 12:23
Frederico Stella - Diretor da Famasul
Apesar da pressão exercida pelos frigoríficos, especialista aponta que pecuaristas ainda têm vantagem neste momento, com algum suporte de pastagens para manter animais a campo com menor custo

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Mato Grosso do Sul tem cenário de escalas de abate curtas, e mesmo assim, frigoríficos tentam pressionar preços da arroba do boi para baixo

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Frigoríficos e pecuaristas travam uma "queda de braço" no Mato Grosso, de acordo com Frederico Stella, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul). Ele explica que ontem (16) os frigoríficos do Estado, mesmo com escalas de abate curta, em média sete dias, pressionaram para baixar o valor da arroba bovina, de R$ 250,00 para R$ 240,00.

Apesar disso, ele explica que o pecuarista, neste momento, ainda tem certa vantagem nesta disputa, uma vez que ainda existe algum suporte de pastagens que possibilita manter as boiadas no pasto por mais um tempo a custos baratos. 

A alegação dos frigoríficos, de acordo com Stella, é de questão com estoques elevados. A liderança pontua que estes estoques estão mais ligados ao menor consumo interno de carne bovina do que às exportações, lembrando do auto-embargo brasileiro que durou um mês, entre fevereiro e março, devido a um caso de vaca louca atípica no Pará. 

Apesar disso, houve um peso do fator China nas exportações do Estado, que caíram entre janeiro a abril em 11,5%, fazendo com que o gigante asiático passasse para o segundo lugar entre os países que importam a proteína produzida no Mato Grosso do Sul e os Estados Unidos assumissem a liderança.

Esta questão também é espelhada nos abates, que no primeiro quadrimestre de 2023 tiveram aumento de 5% de fêmeas na linha de abate e 4% a menos de macho. "A carne bovina de fêmeas é mais destinada ao mercado interno, enquanto de machos, para as exportações", afirma. 

O cenário descrito por Stella para o segundo semestre é de uma tendência de baixa no confinamento, o que deve trazer um mercado mais enxuto e firme. Os preços do milho em patamares baixos também favorecem o pecuarista, com uma conta de uma arroba bovina com poder de compra de seis sacas do cereal.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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