Expectativa frustrada de abertura do mercado japonês para a carne bovina do Brasil repercute entre os frigoríficos
Expectativa frustrada de abertura do mercado japonês para a carne bovina do Brasil repercute entre os frigoríficos
A negociação do Brasil com o Japão para exportação de carne bovina já dura quase 20 anos, mas mais uma vez a decisão foi postergada. Segundo o ministro da Agricultura, a principal barreira para a entrada da carne brasileira no mercado japonês é a proteção do setor interno devido à alta competitividade do produto brasileiro. Essa demora gera frustração no setor, que aguardava avanços mais rápidos.
Processo de Abertura do Mercado Japonês
Para que a exportação se concretize, o primeiro passo seria receber uma missão do Japão no Brasil para inspeção e aprovação das plantas frigoríficas. Apenas após essa etapa seria possível iniciar as exportações. No entanto, o processo tem um tempo de maturação longo, e a expectativa de avanço imediato foi frustrada. O ministro, no entanto, acredita que o acordo possa ser fechado ainda durante o mandato do presidente Lula.
Consumo Interno em Queda e a Importância das Exportações
O consumo interno de carne bovina no Brasil tem apresentado uma queda significativa, e os volumes de abate estão sendo impulsionados pelas exportações. No Rio Grande do Sul, a realidade é ainda mais desafiadora. Em 2024, o número de abates caiu cerca de 5% em comparação com 2023, reflexo de múltiplos fatores, incluindo estiagem e enchentes que prejudicaram a oferta de animais prontos para o abate.
A Peculiaridade do Mercado Gaúcho e o Interesse no Japão
Diferente de outros estados, o Rio Grande do Sul tem uma baixa participação no mercado de exportação, representando apenas 10% da produção total. Isso ocorre porque o estado se destaca pela produção de carne de alta qualidade, um diferencial que poderia torná-lo um fornecedor atrativo para o mercado japonês, que valoriza esse tipo de produto.
Impactos Climáticos e Retração nas Exportações
A seca e as enchentes impactaram negativamente a pecuária gaúcha em 2024, resultando em uma retração de quase 5% nas exportações. O atraso nas pastagens reduziu a oferta de animais prontos para o abate, tornando o primeiro semestre do ano especialmente desafiador. A partir de setembro de 2023, houve uma retomada nas exportações, impulsionada por novos mercados e pela conversão favorável do dólar.
Perspectivas para o Futuro
Apesar das dificuldades, o setor de exportação no Rio Grande do Sul busca diversificar mercados e ampliar sua participação global. Com a valorizacão do dólar e a busca por novos compradores, o estado pode encontrar oportunidades que compensem as dificuldades enfrentadas no mercado interno e na negociação com o Japão. O desafio segue sendo a ampliação da competitividade e a superação das barreiras comerciais internacionais.
2 comentários

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ORLANDO CESAR JULIO sinop - MT
Se tivesse ido tentando vender soja ... quem sabe acreditaríamos ...
Sr. Orlando bom dia foram torrar milhões com a companheirada levaram até o omisso pacheco maior avião da força aérea e agora tão dando dinheiro pras cooperativas aumentarem seus armazens e, porque não dão dinheiro pra nós guardarmos pelo menos uma parte de nossa produção o banco do brasil tá louco pra financiar contas novas sendo que nem essa ainda pagamos passou da hora da OCB nos representar.
Aprosoja esta fazendo propaganda muito boa sobre o Agro com o Richard aquele biologo desmitificando o que essas ongs pregam contra nós OCB acorda.
ORLANDO CESAR JULIO sinop - MT
Lula não consegue vender calango para a China, e vai querer vender carne bovina para o Japão?!!
Eu não sei o que foi fazer no Japão (cuja base proteica da população é o peixe). Por certo esqueceram que o Japão tem dirigentes sérios ... E a "carreta furacão" foi cheia !!! É cortina de fumaça ...O Japão É Uma Nação Séria; E a base da alimentação Delles, é Pescado,
Os japoneses ficaram surpresos, o trem da alegria, estava lotado.