Relações de troca pioram para soja 25/26 com novas altas entre os fertilizantes; atenção aos fosfatados
Os preços dos fertilizantes continuam se valorizando e piorando as relações de troca com a soja 2025/26 para os produtores brasileiros, com destaque para os ganhos intensos sendo registrados pelos fosfatados, principalmente. Segundo explicou Jeferson Souza, analisyas de fertilizantes da Agrinvest Commodities, a tonelada do MAP indica uma elevação de US$ 90,00 por tonelada de março de 2024 para março de 2025. "E a soja não subiu neste período, pelo contrário, o preço da soja em dólar está um pouco mais baixo do que estava. E asssim, a relação se distancia um pouco mais da média histórica", explica.
O mundo vive um momento de oferta encurtada dos fosfatados, dando pouco ou nenhum espaço de recuo para os preços a frente, e precisa manter-se no radar dos produtores. E sem uma mudança neste quadro de oferta - com a China tendo que vir a exportar mais - os preços podem continuar subindo. De outro lado, será importante entender o comportamento que a demanda, em especial aqui no Brasil, vai adotar.
A atual relação de troca entre soja e o MAP é de cerca de 43 sacas por tonelada, base Sorriso-MT, contra 35 sacas do ano passado e 33 da média dos últimos anos.
E mesmo com os preços em alta, Souza acredita que o atual momento exige que o produtor refaça suas contas e veja se não seria interessante para sua gestão a captura dessas oportunidades, nos atuais níveis, de forma a evitar altas ainda mais intensas e uma deterioração mais agressiva das relações nos próximos meses. "A recomendação é buscar oportunidades no mercado.
E diferente dos últimos anos, em que o cloreto de potássio vinha ajudando a equilibrar os custos do produtor, essas relações não mais acontecem, uma vez que seus preços também subiram nas últimas semanas. "Hoje, o KCl já está acima da média. US$ 70,00 por tonelada de aumento (em relação a outubro-novembro). O P está subindo e o K também, isso signfica um gasto por hectare acima do ano passado. E essa é uma dúvida que eu tenho para 2025, como o produtor que ainda não comprou vai se comportar daqui para frente", explica o analista. Há, neste momento, algo como 55% a 60% que ainda não compraram seus fertilizantes ainda. "E hoje não temos mais o benefício do cloreto. A oportunidade já passou".
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