Safra 25/26 de soja da América do Sul já está comprometida pelo clima adverso e mercado começa a criar suporte para os preços internacionais neste cenário
Safra 25/26 de soja da América do Sul já está comprometida pelo clima adverso e mercado começa a criar suporte para os preços internacionais neste cenário
A safra 2025/25 de soja da América do Sul já tem estado bastante comprometida pelo clima adverso e as perdas de potencial produtivo vão se mostrando mais nítidas agora. "Infelizmente, vem faltando umidade agora em partes do Sul, Sudeste do nosso país, Argentina, Paraguai, e são preocupações que vem delineado mais um teto produtivo da safra sul-americana", explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta quinta-feira (4).
"Já temos uma redução de produtividade estimada nas regiões que ultrapassaram o V3, que é onde conseguimos colocar nosso satélite para mensurar a saúde vegetal e comparar com os anos anteriores, e essa já é uma safra de mais fragilidade na produtividade. Alguns sinais de menor fertilização, lixiviação, estresse hídrico, situações que limitam o potencial produtivo, compensado pelo leve incremento de área, mesmo sendo o menor incremento de área em 19 anos. Assim, ainda é uma safra de soja maior do que a do ano passado", detalha Pereira.
E embora os problemas estejam se agravando - inclusive pelos relatos dos produtores de diversas áreas brasileiras ao Notícias Agrícolas - o mercado ainda está desconstruindo o conceito de uma safra cheia vinda da América do Sul nesta temporada. E esta desconstrução vem, aos poucos, dando um suporte importante aos preços no cenário internacional. Porém, este é um processo e ainda há tempo para que o mercado absorva os novos volumes que deverão se definir para a safra 2025/26.
"Mercado está se reequilibrando e percebendo que a soja global não tem mais aquele ritmo de crescimento de oferta que venha colocar preços em queda, pelo contrário. A demanda voltou a criar uma compressão dos estoques, consumindo ano a ano mais do que a oferta", detalha o diretor da Pátria. A consultoria ainda estima 171,9 milhões de toneladas de soja colhidas nesta próxima temporada.
PARA OS PREÇOS
Embora este seja o ambiente em formação, os preços da soja 2025/26 ainda conferem margens apertadas ao produtor brasileiro. E a chegada efetiva dessa oferta, apesar de menor, deverá promover uma pressão sazonal - já esperada - sobre as cotações. Assim, a dependência será ainda maior, portanto, do dólar.
"Apesar de um Chicago otimista, de um prêmio estabilizado, temos o dólar que tem sido a principal variável para os preços desde 2020. O que mais adiciona ou tira preço de soja no Brasil é dólar que, na nossa visão, segue sustentado, tendendo a novas altas, mas não com altas tão agressivas como as que foram observadas neste mesmo período do ano passado, e por isso precisa desse monitoramento constante", orienta Matheus Pereira.
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