Mercado do Café em NY ainda sente pressão das perspectivas de boa safra no Brasil e mantém volatilidade intensa

Publicado em 29/04/2015 09:58
Café: Mercado mantém volatilidade intensa e ainda se mostra sensível às expectativas de uma grande safra no Brasil. Realidade dos campos no país, porém, mostra um cenário contrário. Paralelamente, movimentação do dólar também segue como um dos principais fatores de influência para as cotações, tanto em NY como no Brasil.
As cotações do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) apresentaram grande volatilidade na última semana. Na sessão de terça-feira (28) o mercado fechou em alta, após forte queda, de 500 pontos, na segunda-feira (27).

Segundo João Santaella, analista de mercado, a Bolsa trabalha dentro do intervalo de 135 cents/lb a 150 cents/lb, onde pelo menos no curto prazo há uma resistência ao 140 cents/lb, e só depois de romper essa barreira o mercado pode "voltar a corrigir", explica.

Dados de estimativas privadas internacionais sobre a produção brasileira de café estimam potencial produtivo entre 49 e 50 milhões de sacas de 60 kg, e o mercado tem absorvido esses números, sendo um dos principais fatores que tem colaborado para essa intensa volatilidade em NY.

Contudo, para Santaella, esses dados não correspondem a produção real da safra brasileira, já que "tivemos seca no ano passado e neste ano, que afetou e vai afetar a produção no ano que vem", considera.

Esses fatores também têm influenciado no mercado interno, onde o impacto só não é maior por conta do recuo do dólar nas últimas semanas. As cotações no mercado físico estão na casa dos R$ 470,00 a R$ 480,00 a saca, "o café fino saindo próximo aos R$ 500,00/saca e o venda futura também perto dos R$ 500,00/sc", afirma Santaella.

A recente desvalorização do dólar frente ao real, também pode prejudicar as exportações do café - que no mês de abril já apresentou um volume menor de embarques, segundo Santaella -. Até o momento foram exportados 2,104 milhões de sacas, contra 3 milhões no mês de março.

 

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Tags:
Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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