Entregas de cafés na Cooxupé aproximam-se de 8 milhões de sacas, um recorde... e a cooperativa quer mais!

Publicado em 09/10/2020 16:34 e atualizado em 12/10/2020 18:17
Osvaldo Bachião Filho - Vice-Presidente Cooxupé
Entrevista com Osvaldo Bachião Filho - Vice-Presidente Cooxupé

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Entrevista com Osvaldo Bachião Filho - Vice-Presidente Cooxupé sobre o Recebimento record do Café

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A primeira palavra-chave foi "participação"; a segunda, "confiança"...

Com base nesses dois pilares, a Cooxupé, nesta safra, inverteu a lógica de mercado do café. Antes, praticamente todo ano, o produtor entregava o café quando os preços entravam na baixa (na boca da colheita), num fenomeno conhecido como "efeito manada". (os produtores temiam queda ainda maior).

Neste ano de 2020, em fevereiro, numa reunião com os gerentes das 36 unidades da cooperativa (15.600 cooperados, espalhados em 200 municipios do sul de MG/SP), a cooperativa lançou um desafio:  "queremos receber muito mais café, temos e teremos mercado", avisou na época o presidente Carlos Augusto Rodrigues de Mello (a Cooxupé é referência mundial na comercialização do café, com seu cup fine servindo de blend para as principais marcas de café do  mundo).

Coube ao vice-presidente Osvaldo Bachião Filho desenvolver a segunda parte do plano: em março, com suas feiras em andamento, os cooperados foram avisados: "neste momento o preço está bom (girava acima de R$ 600; como vem safra boa pela frente (que se confirmou), vamos fixar as vendas agora".

Os produtores entenderam a mensagem. E o que se viu foram fortes vendas no primeiro trimestre. Neste bimestre setembro/outubro a entrega na Cooxupé vem sendo feita, em média, sempre acima de R$ 650,00.

E com um detalhe fundamental: os cooperados entregaram muitas sacas em seus armazens, num volume se aproximando de 8 milhões de unidades. Um recorde!. Osvaldo Bachião comemora: "é resultado de um conjunto de ações da cooperativa". Mas o mais importante foi a lição que ficou gravado na memória dos cooperados:

-- "Devemos sempre participar (fixar, vender a futuro) quando o mercado quiser comprar".

PRÓXIMA SAFRA

Neste ano a safra foi abundante motivada pelo fenomeno que rege os arábicas, que é a bianualidade, efeito climático que aumenta ou diminui a produtividade e a oferta de grãos. Já ano que vem, a tendencia é de diminuição. "logo, com menos oferta, nosso sentimento é que teremos preços acima de R$ 600,00 a saca".

E para quem tem cafés mais apurados a cooperativa oferece um premio acima de R$ 50,00/saca através de seu sistema de classificação conhecido como "especialíssimo". É através dessa classificação que o departamento de cafés especiais - SMC - oferece seus cafés especiais não só para o mercado internacional, como também ao mercado brasileiro.

-- "Estamos invertendo outra máxima, a de que o brasileiro só bebe cafés sem qualidade, misturados; entramos no mercado com duas marcas, o "Evolutto", que agrega os cafés artesanais do sul de MG, e o "Prima Qualitta", para quem aprecia o café gourmet (um tipo de bebida mais suave, com classificação acima de 83 pontos).

-- "Já somos a 5a. marca de café mais consumida no Brasil; nos aguardem, seremos a primeira logo logo", completa o vice-presidente Osvaldo Bachião Filho. 

Plano Agrícola e Pecuário confirma R$ 4,96 bilhões do Funcafé na safra 2018, redução de juros e traz novidades nas operações 

por CNC

PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO — Na quarta-feira, 6 de junho, o Governo Federal anunciou o Plano Agrícola e Pecuário 2018/19, destacando a sustentabilidade do agronegócio brasileiro que, nos últimos 26 anos, mais do que triplicou sua produção, alcançando 232,6 milhões de toneladas, enquanto a área plantada sequer duplicou de tamanho, situando-se em 61,5 milhões de hectares, o que evidencia a capacidade do produtor ao investir em pesquisa, tecnologia e, principalmente, em preservar sua principal fonte de renda, que é o meio ambiente.

O volume total de recursos programados é de R$ 194,3 bilhões, implicando alta de mais de 3% em relação aos R$ 188,4 bilhões anteriores. Desse montante, R$ 191,1 bilhões são para o Crédito Rural (R$ 153,7 bilhões a juros controlados e R$ 37,4 bilhões a juros livres), R$ 600 milhões para Seguro Rural e R$ 2,6 bilhões para apoio à comercialização (AGF, Opções, PEP, Pepro). O Plano também apresentou redução para todas as taxas de juros, conforme tabela abaixo.

FUNCAFÉ 2018 — No caso específico da cafeicultura, o Governo confirmou os R$ 4,96 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira solicitados pelo Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), em 8 de fevereiro, quando o CNC alinhou o posicionamento do setor privado junto às demais lideranças da cadeia produtiva para que fossem elevados os recursos destinados à linha de Custeio e, consequentemente, o total. Dessa maneira, a distribuição dos recursos do Fundo para a safra 2018 ficou da seguinte forma:

i) R$ 1,862 bilhão para a linha de financiamento de Estocagem;
ii) R$ 1,100 bilhão para Custeio;
iii) R$ 1,063 bilhão ao Financiamento para a Aquisição de Café (FAC);
iv) R$ 925,2 milhões para Capital de Giro
 - R$ 425,2 milhões às Cooperativas de Produção
 - R$ 300 milhões às Indústrias de Torrefação
 - R$ 200 milhões às Indústrias de Solúvel
v) R$ 10 milhões para a linha de Recuperação de Cafezais Danificados

Em relação aos juros do Funcafé, as taxas acompanharam a redução observada nas demais linhas do Plano Agrícola e Pecuário, recuando de 8,5% para 7% ao ano no caso de Custeio, Estocagem e FAC Cooperativas e de 11,25% para 9,5% ao ano nas linhas de Capital de Giro e FAC (com exceção às cooperativas).

NOVIDADES

— Taxa pós-fixada: entre as novidades apresentadas pelo Governo no PAP 2018/19 relacionadas ao Funcafé está a opção dada ao produtor pela taxa de juros pós-fixada para operações com prazo acima de 12 meses. O cálculo toma como base, nesse caso, a variação do IPCA do período de contratação até o do vencimento, acrescido de até 1,28% para Custeio, Estocagem e FAC Cooperativas. Para as linhas de Capital de Giro e FAC – exceto cooperativas –, o fator é de até 3,67% mais a variação do IPCA no intervalo.

— Remuneração do Funcafé e spread: a partir deste ano, o Funcafé será remunerado em 4%, com o spread bancário sendo definido pela diferença entre esses quatro pontos percentuais e a taxa de juros estipulada no empréstimo. Entendemos que essa novidade é fundamental para aumentar a flexibilidade do agente financeiro na negociação com os mutuários.

— Prazo de contratação: também a partir deste ano, todas as linhas de financiamento do Funcafé terão prazo de contratação vigente por um ciclo de 12 meses, com o período sendo aberto em 1º de julho de 2018 e fechado em 30 de junho de 2019.

QUESTÕES TRABALHISTAS Conforme anunciamos em nosso boletim anterior, causou surpresa e indignação a decisão do Comitê de Peritos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), tomada durante a 107ª Conferência da entidade, em Genebra, na Suíça, que inseriu o Brasil como o 15º país na lista curta das nações que seriam investigadas por não respeitarem os direitos trabalhistas.

Contudo, na quinta-feira, 7 de junho, a alegação dos peritos para inclusão do Brasil na "short list", de que o país supostamente teria problemas relacionados ao cumprimento dos termos da Convenção nº 98, que se refere a direito de sindicalização e negociação coletiva, com a aprovação da Reforma Trabalhista, foi revista.

Em seu relatório final, a Comissão de Normas da OIT reconheceu que o caso do Brasil foi analisado fora do ciclo regular de apresentação de memórias da Organização, com a decisão tendo sido tomada de forma equivocada. Assim, os membros desse comitê recomendaram ao governo brasileiro que preste informações a respeito da negociação coletiva livre e voluntária na nova legislação trabalhista e que as submeta à consulta tripartite até novembro de 2018.

INSCRIÇÃO NO CAR Na terça-feira, 5 de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou, em reunião extraordinária, de 1º de junho de 2018 para 1º de janeiro de 2019 o prazo para o cumprimento da obrigatoriedade de apresentação de recibo da inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) quando da concessão de crédito rural para o financiamento de atividades agropecuárias.

O CMN também prorrogou, para até 31 de dezembro deste ano, o prazo da excepcionalidade para substituição do CAR, no Bioma Amazônia, por declaração individual do interessado, atestando o cumprimento do previsto na Lei nº 12.651, de 2012, relativo à existência ou à recomposição ou regeneração de Área de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL).

MERCADO O mercado internacional de café viveu uma semana de pressão sobre as cotações, à medida que a disparada do dólar contribuiu para a baixa. Ontem, a divisa norte-americana ganhou força na comparação com as moedas de países emergentes, principalmente frente ao real, e os investidores se afastaram de ativos de risco, recorrendo à segurança de títulos da dívida dos Estados Unidos.

Internamente, notou-se uma queda generalizada nas ações de empresas brasileiras, com investidores liquidando posições, o que elevou o dólar a quase R$ 4,00. O Banco Central realizou intervenções injetando recursos, mas sem muito êxito. No fechamento de ontem, a moeda foi cotada a R$ 3,9258, acumulando ganhos de 4,2% sobre o real na semana.

A colheita no Brasil começa a encorpar, mas o cenário de escoamento é nebuloso devido à conjuntura logística no País. O setor produtivo nacional e os caminhoneiros estão analisando valores para o frete, porém ainda não há consenso, o que não afasta a possibilidade de uma nova greve dos motoristas.

Em relação ao clima, uma frente fria avança para o Espírito Santo e a chuva diminui consideravelmente na Região Sudeste, limitando-se a Rio de Janeiro, Espírito Santo e leste de Minas Gerais, mas com fraca intensidade, segundo a Somar Meteorologia.

Para as demais regiões produtoras, o serviço meteorológico informa que o sol predominará. Contudo, no domingo, a Somar aponta o retorno de fortes precipitações em São Paulo devido a áreas de instabilidade, as quais darão origem a uma frente fria que chega ao Sudeste na segunda-feira, dia 11.

Na Bolsa de Nova York, o contrato futuro do café arábica com vencimento em julho/18 acumulou perdas de 705 pontos, negociado a US$ 1,1570 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento julho/18 do conilon encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1.733 por tonelada, com declínio de US$ 17 frente ao fechamento da semana passada.

Ontem, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços dos cafés arábica e robusta se valorizaram no Brasil, puxados pela força do dólar. Por outro lado, a queda internacional gerou incertezas, o que mantém a maioria dos agentes afastados do mercado.

Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados, na quinta-feira, a R$ 465,92/saca e a R$ 342,21/saca, com valorizações de 1,4% e 1,8%, respectivamente, na comparação com o fechamento da semana antecedente.

 

 

 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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