Colheita avançada e clima favorável no Brasil ocasionam forte pressão sobre os preços futuros do café

Publicado em 20/06/2025 16:36 e atualizado em 20/06/2025 17:36
Heberson Sastre - Gerente da Mesa de Operações da Minasul
Apesar do atual cenário ser positivo para o mercado no curto prazo, safra/25 terá quebra e níveis dos estoques trazem preocupação sobre demanda
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Colheita avançada e clima favorável no Brasil ocasionam forte pressão sobre os preços futuros do café

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Os preços do café encerram a sessão desta sexta-feira (20) com fortes quedas nas bolsas internacionais. 

Segundo o gerente da mesa de operações da Minasul, Heberson Sastre, a combinação do avanço da colheita no Brasil e do clima favorável (sem geadas e chuvas constantes) estão contribuindo para um cenário positivo no curto prazo, e pesando sobre as cotações futuras. 
Do mês de abril para junho, em NY o arábica caiu cerca de 25% e o robusta 30% em Londres. 

Ainda de acordo com Sastre, o mercado cafeeiro deve seguir monitorando o clima, que atualmente está contribuindo para o potencial produtivo da safra/26. Porém, os baixíssimos níveis dos estoques (tanto nos países produtores, como nos consumidores) seguem como  um grande desafio para o setor, uma vez que o volume da atual safra brasileira é insuficiente para abastecer o déficit. 

Em NY, o arábica encerra o dia com baixa de 585 pontos no valor de 319,05 cents/lbp no vencimento de julho/25, um recuo de 725 pontos negociado por 315,05 cents/lbp no de setembro/25, e uma queda de 785 pontos no valor de 309,95 cents/lbp no de dezembro/25.

Já o robusta registra perda de US$ 147 no valor de US$ 3,887/tonelada no contrato de julho/25, uma desvalorização de US$ 150 cotado por US$ 3,737/tonelada no de setembro/25, e uma baixa de US$ 146 negociado por US$ 3,678/tonelada no de novembro/25.

O acompanhamento semanal da Safras & Mercado aponta que, até o dia 18 de junho, 43% da safra 2025/26 já havia sido colhida. Apesar do progresso, o ritmo da colheita segue ligeiramente abaixo do registrado no mesmo período do ano passado (44%), mas acima da média dos últimos cinco anos (2020–2025), que é de 40% para esta época do ano. O destaque vai para o avanço da colheita de café canéfora (conilon/robusta), que já alcança 58% da produção total, e no caso do arábica, os trabalhos também retomaram o ritmo, principalmente no Sul e Cerrado de Minas Gerais, em São Paulo e no Paraná, e a colheita já alcança 34% da produção total. 

Mercado Interno

De acordo com Heberson, o produtor deve trabalhar fazendo média e tomar decisões olhando sobre o cenário atual. Além disso, já investir no potencial da safra/26. 

Nas áreas acompanhadas pelo NA, o Café Arábica Tipo 6 fecha o dia com queda de 3,89% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 1.975,00/saca, um recuo de 3,05% em Guaxupé/MG negociado por R$ 1.974,00/saca, e uma perda de 4,76% em Araguari/MG no valor de R$ 2.000,00/saca. Já o Cereja Descascado registra o recuo de 3,78% em Campos Gerais no valor de R$ 2.035,00/saca, uma baixa de 1,16% em Poços de Caldas/MG cotado por R$ 2.550,00/saca, e uma perda de 2,77% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.074,00/saca. 

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Por:
Raphaela Ribeiro
Fonte:
Notícias Agrícolas

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