DA REDAÇÃO: Commodities Agrícolas operam em alta nesta segunda-feira (20)
Segundo o analista da Safras & Mercado, Flávio França Junior, nas últimas semanas, em função das chuvas na região produtora, as cotações tiveram um fôlego. “Foram chuvas leves, mas amenizou a situação das lavouras”, afirmou.
Além disso, na tarde de hoje (20) será divulgado o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre as condições das lavouras. O analista sinaliza que poderá haver uma melhora, cerca de 2%, nas plantações da oleaginosa.
“O problema é que essa semana deve ser seca, não tem previsão de chuvas e mesmo que melhore um pouquinho não vai evitar o grande aperto na disponibilidade da safra dos EUA e consequentemente na safra mundial”, disse França.
Em decorrência desse cenário a tendência é que o mercado se mantenha sólido até o próximo ano. Para o analista, em setembro, com o início da colheita, mesmo com a quebra na safra norte-americana, o mercado pode perder um pouco de fôlego. Outro momento que também poderá pressionar as cotações em Chicago é a partir de fevereiro com a entrada da safra sul-americana.
Se a produção no hemisfério-sul for grande, poderá haver um reflexo nos preços em Chicago. França ainda afirma que em março, abril de 2013, o mercado pode trabalhar com os atuais patamares de preços – cerca de US$ 17 dólares por bushel no vencimento setembro/2012 – descontando US$ 2 dólares por bushel, que seria o degrau da soja.
“No entanto, a questão do clima é vital, o mercado entrou em uma situação crítica de abastecimento de soja e milho a nível mundial. O aumento da área de plantio da oleaginosa no Brasil é uma necessidade, o mundo precisa dessa safra cheia da América do Sul”, explicou França.
Já o milho, deve permanecer com os preços sustentados e pode buscar novas máximas. “A situação é tensa, e recomendamos que os produtores comercializem 50% da safra 2012/2013, mais do que isso é perigoso. Cerca de 40% da safra nova comprometida”, finalizou.