Alojamento de pintos de corte caíram 3% em abril em todo o país, menos do que o esperado pela Apinco

Publicado em 28/05/2020 11:17 e atualizado em 28/05/2020 15:49
José Paulo Meirelles Kors - Presidente da Apinco
De acordo com presidente da entidade, dificuldade logística na exportação de ovos férteis e bons volumes exportados de carne de frango seguraram a queda, antes prevista entre 5% a 10%

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Entrevista com José Paulo Meirelles Kors - Presidente da Apinco sobre os Pintos de Corte

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A redução no alojamento de pintos de corte no Brasil em abril foi de 3%, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco), José Paulo Meirelles Kors. A previsão feita por ele anteriormente era que no mês a queda seria entre 5% a 10% nos alojamentos. Ele afirma que em abril, a redução foi de em torno de 550 milhões de aves para 537 milhões. 

Como razões para explicar a queda não tão abrupta, ele cita a dificuldade logística, motivada pelo coronavírus, para exportar ovos férteis, o que fez os volumes caírem de uma média de 18 milhões por mês no primeiro trimestre para 5 milhões em abril. "Os ovos férteis que ficaram aqui no Brasil acabaram se tornando pintinhos".

Outro fator que contribuiu para que a redução na demanda por pintos de corte não fosse tão acentuada foi os bons reultados nos volumes exportados de carne de frango. 

Para Kors, atualmente oferta e demanda por pintos de corte esão "relativamente equilibradas", e uma redução na oferta dos animais não é planejada de imediato, já que as grandes produtoras de carne de frango - e responsáveis por boa parcela das exportações - seguem alojando normalmente. 

Entretanto, 70% da proteína de frango produzida no Brasil fica no mercado interno, e com os preços caindo e a cadeia produtiva tendo cerca de R$ 1 de rejuízo por quilo de carne, será a resposta desse mercado que irá ditar uma possível diminuição nos alojamentos.

"Por enquanto, os alojamentos seguem dentro de uma certa normalidade, mas é esse mercado interno que vai nos mostrar até quando a demanda deve seguir assim. Vamos ter que ver até quando essas empresas vão aguentar esse prejuízo, e quando elas já não suportarem, aí vão passar a diminuir o alojamento", explicou. 

Na opinião do presidente da Apinco, os alojamentos deveriam ser reduzidos no país todo para cerca de 500 milhões de aves para que a oferta de carne fosse reduzida e os preços para o setor produtivo se recuperassem.

 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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