Preços no mercado de suínos estão perto do teto, mas ainda há espaço para alta, diz presidente da APCS

Com altas subsequentes, principalmente puxadas pelo ritmo aquecido das exportações e pelo aumento nos custos de produção, o preço do suíno no mercado interno pode estar próximo de um teto; entretanto, quem vai determinar este limite é o consumidor, conforme explica Valdomiro Ferreira, presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
Segundo ele, mesmo com os aumentos no valor do animal vivo, a valorização está aquém dos avanços dos principais insumos para a suinocultura: o milho e o farelo de soja.
"Enquanto o preço do suíno desde janeiro aumentou 54% nominalmente, o farelo de soja subiu 30% no mesmo período e o milho, 113%. Por isso é preciso, a cada semana, realinhar os preços de venda dos animais para tentar equilibrar essa balança", disse.
A expectativa é que neste mês de novembro o preço da arroba suína chegue a R$ 200,00, acompanhando a arroba bovina. Além disso, Ferreira ressalta que é preciso aumentar para este valor por causa das incertezas do mercdo para o início de 2021.
"Sabemos que sa exportações, principalmente para a China, devem seguir aquecidas no ano que vem, mesmo com o trabalho de recomposição dos planteis por lá. O que preocupa é como ficará o mercado interno, com a possibilidade de suspensão do auxílio emergencial, e os custos de produção, já que as áreas produtoras de soja e milho estão sofrendo com problemas climáticos", explicou.
Para o presidente da APCS, o ideal é que o produtor aproveite o momento para melhorar seu fluxo de caixa e também a genética de matrizes e reprodutores, já que muitos foram descartados em crises anteriores.
"Em um segundo momento, é preciso melhorar as instalações da propriedade, para garantir o bem-estar animal e, apenas em um terceiro momento, pensar em aumentar o plantel, mas ainda assim, em números conservadores", finalizou.
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