Após um mês da detecção da gripe aviária no Brasil, especialista detalha avanços nas discussões sobre biosseguridade, vacinação e situação de mercado
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Após um mês da detecção da gripe aviária no Brasil, especialista detalha avanços nas discussões sobre biosseguridade, vacinação e situação de mercado
Um mês após a detecção do primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade, registrado no Espírito Santo em 15 de maio, o Brasil vem reforçando as medidas de biosseguridade vigentes e debatendo outros temas acerca da doença, segundo o presidente da Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícola (Facta), Ariel Mendes.
Ele explica que, entre os avanços neste um mês em que a doença altamente patogênica foi registrada, até o presente momento, em 31 casos em aves silvestres, além dos esforços em prevenir a entrada da doença em granjas comerciais, protocolos de contingência caso isso ocorra foram criados ou melhorados. Vale lembrar que não há, até este dia 15 de junho, casos em granjas comerciais de postura ou de frangos de corte.
Outro avanço citado pelo professor Ariel Mendes é a discussão entre o Brasil e parceiros comerciais que importam produtos avícolas brasileiros sobre a possibilidade de implementar o esquema de zoneamento, regionalização e compartimentalização caso ocorra casos em áreas comerciais. “Não faz sentido, por exemplo, se houver um caso no Amazonas, embargar as exportações dos Estados do Sul do país”, disse.
Debates acerca da implementação ou não da vacinação preventiva também é um ponto citado pelo professor. Segundo ele, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já mantém tratativas com fabricantes de vacinas, mas mantém seu ponto em utilizar o recurso em ‘um plano B’. “O ‘plano A’ é impedir que a doença avance e erradicá-la”, afirmou.
Total de casos no Brasil até às 12h33 (horário de Brasília) do dia 15 de junho: 31 ocorrências da doença altamente patogênica em aves silvestres (nenhum em plantéis comerciais), sendo:
Espírito Santo: 20 focos de gripe aviária;
Rio de Janeiro: 8;
São Paulo: 1;
Bahia: 1;
Rio Grande do Sul: 1
12 investigações de casos suspeitos em andamento até o momento.
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