Bactéria ainda desconhecida destrói lavouras de trigo em Goiás e já se espalha para Minas Gerais e São Paulo

Publicado em 22/05/2019 11:09
Eduardo Elias Abrahim - Presidente da ATRIEMG
Produtores goianos registraram perdas de mais de 70% nas lavouras de sequeiro

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Entrevista com Eduardo Elias Abrahim - Presidente da ATRIEMG sobre as Lavouras de Trigo no Cerrado

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Uma nova bactéria preocupa os produtores de trigo brasileiros. A situação se iniciou em Goiás, onde mais de 70% das lavouras de sequeiro foram perdidas, e já se espalhou para Minas Gerais. O estado de São Paulo também registrou os primeiros casos.

Segundo Eduardo Elias Abrahim, presidente da ATRIEMG (Associação dos Triticultores do Estado de Minas Gerais), em um primeiro momento os produtores identificaram a presença da mancha marrom e em seguida a incidência de brusone nas folhas. “Isso abriu a porta para uma bactéria e, ela sim fazia, a destruição rápida”, conta.

A liderança destaca que, em conjunto com a Embrapa Trigo e diversas associações, os esforços estão voltados para identificar o patógeno e o vetor de transmissão para um resultado que deve sair até a próxima semana.

“A gente imagina que seja uma bactéria do gênero pseudômona, mas que talvez possa haver alguma coisa nova, uma viração ou um patovar novo pela agressividade que ela se esparramou e que destrói as lavouras”, diz Abrahim.

bacteria trigo 12 - perda total

Lavoura atingida pela bactéria cuja situação é considerada como perda total

Enquanto não há uma conclusão, o produtor deve realizar a aplicação de produtos à base de triazóis ou de cobre assim que identificar as manchas e a brusone nas folhas das lavouras, ainda no início das lavouras. “Mesmo que não haja sintomas em lavouras novas, nós já recomendamos fazer as aplicações com triazol no início para tentar não dar a porta para a bactéria”, aconselha o presidente da ATRIEMG.

O avanço da doença se deu em menos de um mês e agora as preocupações são de que esse progresso continue até chegar nas áreas da região sul, as principais produtoras de trigo do Brasil.

“Eu não sei o que pode acontecer, então pode ser que ela desça mais. Talvez com o frio ela mude o comportamento, mas a gente ainda não sabe nada de concreto dessa bactéria. Estamos tentando informar o produtor e identificar a bactéria porque é perigoso que isso venha a acontecer mais ao sul do país, o que seria uma catástrofe pra o trigo nacional”, pontua Eduardo.

Confira a entrevista completa com o presidente da ATRIEMG no vídeo.

Acompanhe também o picisionamento da Embrapa Trigo sobre o assunto:

>> Embrapa descarta nova bactéria no trigo em Goiás

Veja abaixo os estragos que a bactéria tem causado nas lavouras de trigo:

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • geraldo emanuel prizon Coromandel - MG

    Plantar trigo no cerrado ainda é um desafio, principalmente no sequeiro. Todas as variedades são muito suscetíveis 'as doenças, principalmente a brusone. Se planta e não chove a incidência de doenças é menor, porém a produção também; se planta e chove bem (como nesse ano), há uma alta incidência de doenças, aumenta-se os custos e a produção fica comprometida do mesmo jeito. Digo que para o trigo prefiro a primeira situação. Colhe-se pouco, mas com boa qualidade e investe-se pouco.

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