IAC 130 anos: Precocidade e resistência à mancha marrom são algumas características da tangerina Maria, lançada pelo Instituto

Publicado em 10/07/2017 11:39
A variedade surgiu a partir da pesquisa de cruzamento da laranja pera e tangerina murcote que tinha como objetivo encontrar variedade resistentes ao CVC

Nesta semana, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) completa 130 anos. Com isso, o Notícias Agrícolas irá conversar com alguns pesquisadores e trazer um pouco das novidades que vêm sendo desenvolvidas pelo instituto.

A pesquisadora Mariângela Cristofani Yaly, do Centro de Citricultura Silvio Moreira, em Cordeirópolis (SP), destaca que o trabalho começou em 1997 realizando cruzamento entre duas variedades, a murcote e a laranja pêra. O objetivo desse cruzamento era transferir a resistência da primeira para a segunda. "A gente não imaginava como seriam os híbridos obtidos desse cruzamento", diz.

Foram obtidos 350 híbridos com os quais os pesquisadores vêm trabalhando desde então. Como o citrus é uma espécie perene, leva alguns anos para obter frutos e analisar a qualidade desses frutos no que diz respeito a alguns fatores como produção, resistência e aceitabilidade do fruto.

O início da pesquisa foi feito para buscar resistência ao CVC, entretanto, alguns híbridos tinham mais característica de laranja e, outros, de tangerina. Entretanto, o híbrido IAC 2019 Maria foi o que mais chamou a atenção pela alta resistência dele a uma doença que vem afetando outras produções de tangerina no estado de São Paulo, que é a mancha marrom.

Para este híbrido, o foco é o citrus de mesa. Há uma facilidade na hora de descascar a fruta e seu número de sementes é menor. Sua colheita também é mais precoce do que a murcote, que é mais tardia - o novo híbrido pode ser colhido em maio.

A IAC 2019 Maria é um pouco mais deficiente em cálcio, mas o manejo é "normal, como de outras tangerinas", aponta a pesquisadora. Contudo, a alta resistência da variedade pode ser uma grande atratibilidade para o produtor, por um menor custo de produção com fungicidas e uma melhor qualidade no meio-ambiente, além de ser um fruto que tem qualidade para o mercado.

O registro da variedade vem sendo realizado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para, logo após, ser disponibilizada. A previsão é que, em 2018, as borbulhas já estejam disponíveis no mercado. Esta também é a primeira variedade de citrus protegida pelo IAC.

Veja mais vídeos deste evento

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário