Eduardo Kerbauy, diretor de mercado da New Holland, analisa as vendas de máquinas agrícolas em 2019 e as perspectivas para 2020

Publicado em 09/01/2020 14:02
Eduardo Kerbauy - Diretor de Mercado Brasil da New Holland Agriculture
Setor de máquinas agrícolas prevê aumento de 3% nas vendas para 2020

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Entrevista com Eduardo Kerbauy - Diretor de Mercado Brasil da New Holland Agriculture sobre o Marcas e Máquinas

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2019 trouxe novamente frustração para o mercado de máquinas agrícolas do Brasil, com o número de vendas 8,4 menor do que foi registrado em 2018. Para Eduardo Kerbauy, Diretor Nacional de Mercado da New Holland Agriculture, em entrevista ao Jornalista Frederico Olivi, do Programa Marcas e Maquinas, apesar de todos os fundamentos da agricultura em 2019 estarem favoráveis para o produtor, as incertezas políticas e a falta de previsão dos juros para o financiamento de máquinas e equipamentos durante o ano, retraiu o produtor rural no momento de realizar seus investimentos.

Segundo Kerbauy, a New Holland trabalha para este ano de 2020 em linha com as projeções da Anfavea, a Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores, que prevê uma aumento de cerca de 3 por cento nas vendas de máquinas agrícolas agrícolas e rodoviárias, aumentando a comercialização de tratores, colheitadeiras e demais equipamentos para um número de 45 mil unidades, contra 43 mil e 700 unidades comercializadas em 2019.

A New Holland, segundo Eduardo Kerbauy, quer trabalhar junto à sua rede de concessionárias e nas principais feiras do agronegócio do calendário brasileiro, atendendo o o produtor rural com linhas especiais de crédito, aumentando assim o número de vendas de máquinas agrícolas.

Veja também:

>> Vendas de máquinas agrícolas devem crescer em 2020, diz a Anfavea ao Marcas e Máquinas

Para montadoras,venda de caminhões deve crescer 18%

São Paulo - O mercado brasileiro de caminhões continuará aquecido neste ano e deve crescer 18%, para 120 mil unidades, segundo projetam as fabricantes. Será o quarto ano seguido de alta nas vendas, após o setor registrar seu pior momento em 17 anos, com 50,6 mil veículos vendidos em 2016, em plena crise econômica.

"Este ano será a consolidação da retomada", afirma Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO). Também será um ano de importantes novidades, como o início da produção do primeiro caminhão elétrico e do primeiro veículo sem retrovisores.

Em 2019, foram vendidos 101,3 mil caminhões, alta de 33% ante o ano anterior. "Nossa previsão era vender 2 mil unidades a mais, mas mesmo assim foi um crescimento robusto, o dobro do que vendemos em 2016", diz o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes.

O aumento esperado para 2020, embora menor que o do ano passado, anima as empresas que já venderam 172,8 mil caminhões em 2011, o recorde do setor. "Acreditamos que as renovações de frota acontecerão numa velocidade maior e num tempo menor neste ano, o que manterá as vendas aquecidas no País", diz Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz.

Cortes, da Volkswagen, ressalta que a indústria de caminhões é um termômetro da economia e sua crescente recuperação afeta diretamente o mercado. Ele vê vários motivos para o ambiente favorável deste ano, entre os quais os indicadores econômicos positivos (PIB de 2,5%, juro baixo e continuidade de reformas), retomada de investimentos em infraestrutura e na construção civil e renovação de frota.

"Muitos frotistas que deixaram de trocar de caminhões na crise vão voltar a comprar", prevê Cortes. Segundo ele, a idade média dos veículos de grandes frotistas normalmente é de três a cinco anos. "Hoje essa idade está entre sete e oito anos, o que é ruim, pois desvaloriza o ativo das empresas."

Já um programa de renovação oficial de frota, reivindicado pelo setor há vários anos e que envolve ações do governo, como incentivo à troca por veículos mais novos, "depende de outros fatores, inclusive políticos".

A produção de caminhões cresceu menos que as vendas - 7,5%, com 113,5 mil unidades - em razão da queda de 45% na exportação e do fechamento da Ford no ABC paulista. Por seis meses, o grupo brasileiro Caoa negociou a compra da fábrica mas, o negócio não foi adiante. No fim do ano, o grupo chinês BYD foi citado como interessado, mas ainda não confirmou a informação.

Pesados

Ao contrário dos últimos anos, cujas vendas foram puxadas pelo segmento de caminhões grandes, usados na mineração e no transporte de grãos, o setor aposta que este ano haverá reação também nas demais categorias, como a de caminhões médios e pequenos para transporte geral de mercadorias.

As vendas de pesados em 2019 cresceram 48,7% (51,7 mil unidades), enquanto as de semipesados e médios aumentaram 30% (23,3 mil e 10 mil). O pequenos registraram queda de 2,6% (11,2 mil).

Voltadas ao mercado de caminhões de grande porte, a Volvo e a Scania registram maiores altas de vendas, de 58,3% (16,8 mil unidades) e 47,6% (12,7 mil). A líder Mercedes cresceu 41,6% (29,5 mil) e a VWCO, 32% (26,7 mil), segundo a Anfavea, que contabiliza veículos com capacidade a partir de 3,5 toneladas de carga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 
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Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Sergio Aquiles Bellotto Palmital - SP

    Se for comparar preços das máquinas em dólar em relação ao plano real de 94 , houve um elevado aumento no valor dessas máquinas,(aí vem o pessoal da fábrica dizer q hj se tem máquinas com mais tecnologias, mas essas tecnologias com o passar dos anos não barateiam) ... a relação de troca entre máquinas/ soja e milho está desfavoravel ao produtor..., no meu ponto de vista, deveriam os produtores ser isentos de impostos e juros para aquisição destas máquinas..., a indústria reajusta todo ano o preço das máquinas, mesmo quando o preços do soja e milho caem as máquinas continuam a subir, e aí mesmo o soja e milho subindo os preços não acompanha os reajustes das máquinas... hoje está difícil para o agricultor pequeno ou médio acompanhar a tecnologia.

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  • elcio sakai vianópolis - GO

    Lembro muito bem do ano de 2013, quando os juros pra financiamento de maquinas era de 2,5% a 3,5% ao ano. A partir desse ano os maquinários começaram a se valorizar 15% ao ano. Eu mesmo financiei uma maquina agrícola no ano de 2014 a juros de 4,5% ao ano. Foi um bom negócio, pois em meros três anos o mesmo maquinário novo já se pedia 50% a mais do valor que havia financiado. As 65 mil maquinas agrícolas comercializadas no ano de 2013 foi devido ao juros baixos praticados pela Dilma... muitos que não precisavam de máquinas na época, renovaram sua frota e estão pagando até hoje, pois naquela época o financiamento era de 10 anos. Pra aqueles que estavam com as contas controladas, foi um negócio da china..., porém aqueles que não estavam bem financeiramente e quiseram surfar nesta onda, encontram-se endividados e com a corda em seus respectivos pescoços.

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