Milho: Com avanço da colheita e impasse sobre o frete, safrinha pode ficar a céu aberto em Nova Mutum (MT)

Publicado em 04/07/2018 10:49
Emerson Zancanaro - Presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum/MT
Até o momento, cerca de 30% da área plantada foi colhida e rendimento gira em torno de 105 a 107 scs por hectare. Na região, apenas frete curto está rodando, com referência da nova tabela da ANTT. Armazéns na região estão com soja estocada. Produtores estão preocupados com atraso na entrega dos fertilizantes da safra de verão.

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Entrevista com Emerson Zancanaro sobre o Acompanhamento de Safra do Milho Safrinha

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Em meio ao avanço da colheita do milho safrinha, os produtores rurais de Nova Mutum (MT) estão preocupados com a estocagem do produto, que pode ficar a céu aberto nesta safra. Até o momento, cerca de 30% da área cultivada foi colhida e a produtividade está bem próxima da observada no ciclo anterior, perto de 107 sacas do grão por hectare. No estado, a área colhida chega a 21,28%, conforme dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

O presidente do Sindicato Rural, Emerson Zancanaro, reforça há um déficit de armazenagem na região, porém, o gargalo foi agravado nesta temporada com o impasse do tabelamento dos fretes. "Ficou inviável escoar o nosso produto. Para levar o milho para Santa Catarina, por exemplo, temos um frete de R$ 21,60 por saca e mais o valor da saca, entre R$ 18,00 a R$ 19,00, o que resultaria em um valor aproximado acima de R$ 39,00. Hoje, o frete consome metade do preço do nosso milho", explica a liderança.

Já prevendo esse cenário, muitos produtores da região investiram em silos-bolsa nesta safra, mas que não serão suficientes para a armazenagem de todo o milho. Além disso, muitos armazéns ainda possuem soja, já negociada, que precisa ser escoada. Sem o acerto dos valores dos fretes, muitas empresas ainda não retiraram a oleaginosa dos silos.

"Estamos conseguindo escoar para o mercado interno, com negócios balizados pela nova tabela da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Entretanto, temos um grande prejuízo no mercado externo, já que os fretes inviabilizam o escoamento dos produtos até os portos", afirma Zancanaro.

Além desse cenário, os produtores estão atentos ao atraso na entrega dos fertilizantes, da safra 2018/19. "Inclusive, poderemos ter um problema de produtividade na próxima temporada, caso esse produto não chegue a tempo.  O plantio da nova safra começa no final de setembro e início de outubro em Nova Mutum", reforça o presidente.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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