Mesmo com recuo do dólar, milho brasileiro segue competitivo para exportação, diz Céleres Consultoria

Publicado em 12/11/2020 11:24
Daniely Santos - Analista de mercado da Céleres Consultoria
Possível chegada da demanda chinesa em 2021 pode impulsionar ainda mais os embarques e implementar um novo patamar para os preços do milho no Brasil, afastando de vez cotações da saca ao redor dos R$ 20,00

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Mesmo com recuo do dólar, milho brasileiro segue competitivo para exportação, diz Céleres Consultoria

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Somente nos quatro primeiros dias úteis do mês de novembro, o Brasil exportou 1.159.664,4 toneladas de milho. Com isso, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) elevou as estimativas de exportação de novembro para 4,8 milhões de toneladas, ante 4,15 milhões estimadas na semana anterior, e nem mesmo o recente recuo do dólar deve dificultar os embarques brasileiros.

Segundo a analista de mercado da Céleres Consultoria, Daniely Santos, a queda do dólar se deu por motivos externos, como a eleição norte-americana e os avanços das vacinas para a COVID-19. Porém, os fatores políticos e econômicos internos seguem sustentando o câmbio contra o real.

“O milho brasileiro continua sendo competitivo com o dólar ao redor dos R$ 5,00 não só pelo dólar, mas também por o Brasil conseguir aumentar a produção de milho sem ter que deixar de cultivar nenhum pé de soja”, diz a analista.

Assim, a consultoria estima as exportações totais deste ciclo entre 32 e 33 milhões de toneladas, volume inferior ao ano passado (que foi recorde), mas bastante superior aos anteriores, quando os embarques eram inferiores às 30 milhões de toneladas.

Este cenário que já é positivo pode ficar ainda mais favorável aos produtores brasileiros em 2021. Isso porque o China, que vem se tornando um importante player de importação de milho, pode transferir novas demandas para o Brasil.

Santos explica que hoje o Brasil não envia o cereal para a nação asiática em função de uma falta de acordo fitossanitário entre os países, mas que o governo brasileiro deve intensificar os esforços nos primeiros meses do ano que vem para liberar essas negociações.

“É uma grande oportunidade para o Brasil e vai ser bastante positivo inclusive para os preços. Caso esse cenário se confirme, é possível que entremos em um novo patamar de preços de milho. Talvez não tão valorizado como hoje, com a saca à R$ 80,00 no Mato Grosso, mas, com certeza, muito mais valorizado do que os R$ 22,00 ou R$ 23,00 por saca que era comum a gente ver há dois anos”, comenta.

Confira a entrevista completa com a analista de mercado da Céleres Consultoria no vídeo.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

    Sobe dolar, sobe

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    • MARCELO FAGIOLI Brasília - DF

      O dito milho de inverno que se falou na entrevista é o milho da segunda safra, que antigamente chamávamos de milho safrinha. Milho de inverno é outra coisa. É o milho cultivado sob sistema de irrigação em algumas regiões do Brasil. O Brasil pode plantar milho o ano todo..., tecnicamente o que muda, devido o milho necessitar de calor para mudar de fases fisiológicas, é que, ao se plantar em condições com temperaturas mais amenas ou baixas, o milho vai alongar o ciclo.

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