Queda no ímpeto internacional e despencada do dólar puxaram o milho pra baixo, e analista vê mais volatilidade pela frente
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Analista avalia que queda no ímpeto internacional e despencada do dólar puxaram o milho pra baixo, e vê mais volatilidade pela frente
Os preços do milho no mercado internacional subiram muito quando os conflitos entre Rússia e Ucrânia começaram há pouco mais de um mês puxados por uma antecipação de compras de todos os dementes mundiais em uma onda onde todos saíram comprando, inclusive aqui no Brasil.
Na visão de Roberto Carlos Rafael da Germinar Corretora, o que aconteceu agora é ainda pode haver demandas deixadas pela Ucrânia, mas esse ímpeto inicial passou. Além disso, o produtor brasileiro que estava colhendo a safra de verão precisou vender alguns volumes e o dólar caiu em uma velocidade alta e inesperada.
Assim, as cotações que superavam os R$ 110,00 a saca recuaram para algo ao redor dos R$ 90,00, mas ainda se mantendo em patamares positivos e rentáveis para as vendas dos produtores nacionais.
Daqui para frente, o analista enxerga mais volatilidade no radar do mercado e recomenda aos produtores ficarem atentos à divulgação desta semana do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com a área que será cultivada nos EUA e ao desenvolvimento da safrinha brasileira.
A partir do segundo semestre, o mercado deve mudar de cenário e passar a acompanhar a oferta proveniente da segunda safra, estimada hoje entre 85 e 93 milhões de toneladas, e na paridade de exportação, já que vai haver excedentes para vendas externas.
Do lado do consumidor, Rafael destaca que as indústrias esticaram seus estoques de emergência durante as altas de preços e devem seguir esperando o mercado se acomodar até a chegada dos volumes da safrinha.
Confira a íntegra da entrevista com o analista da Germinar Corretora no vídeo.
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