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Dia Nacional do Milho: produtor brasileiro ganhou presente com liberação fitossanitária para exportação à China

Publicado em 24/05/2022 10:44 e atualizado em 24/05/2022 11:38
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora
Analista avalia que segundo semestre pode trazer nova demanda de exportação e ajudar a sustentar preços no país mesmo diante da chegada de uma safrinha robusta

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Dia Nacional do Milho: produtor brasileiro ganhou presente com liberação fitossanitária para exportação à China

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Neste dia 14 de maio é comemorado o Dia Nacional do Milho e os produtores brasileiros ganharam um importante presente, a autoridade alfandegária da China assinou um acordo com o Brasil para permitir a importação de milho brasileiro. 

“Isso é um primeiro passo que deixa a China com possibilidade, pelo menos na parte fitossanitária, estar de acordo e aceitar o produto brasileiro. Está tudo assinado, tudo ok, mas ainda demanda um tempo para ser consolidado e depois precisa ver a chegada da demanda da China. Isso é uma questão de mercado que vai depender de preço mundial e no Brasil”, explica Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora. 

Na visão do analista, essa liberação pode alavancar a demanda por milho brasileiro no segundo semestre e ajudar a sustentar os preços no Brasil em patamares mais elevados, mesmo com o avanço dos trabalhos de colheita da segunda safra nas regiões produtoras entre junho e julho, uma vez que teremos excedente de produção e estamos com as negociações atrasadas nesta safrinha. 

Esta demanda extra se somaria a que já chegou ao país nos últimos meses vinda do buraco deixado pela saída da Ucrânia do mercado internacional. Essa demanda foi responsável pela grande elevação dos volumes exportados em comparação ao ano passado. Somente em maio, por exemplo, já foram mais de 800 mil toneladas embarcadas e novos navios seguem chegando.

Leia mais:

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Nota Conjunta Mapa e MRE - Brasil e China Avançam na Pauta Comercial do Agronegócio

Por ocasião da VI Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Concertação (COSBAN), realizada hoje, de forma virtual, representantes do Brasil e da China repassaram o progresso alcançado em agricultura desde a última reunião plenária do mecanismo, realizada em maio de 2019.   

Desde então, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Administração Geral de Aduanas da China anunciaram resultados significativos, que se refletem na ampliação e diversificação do comércio agrícola entre as partes. 

Foram retomadas as exportações brasileiras de carne bovina à China, temporariamente interrompidas após a ocorrência de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (“mal da vaca louca”) no Brasil.  

Deu-se também continuidade ao processo de habilitação de estabelecimentos brasileiros exportadores de laticínios e produtos cárneos. 

Ademais, foram firmados quatro protocolos, para exportação de farelo de algodão, carne bovina termoprocessada e melão do Brasil para a China, bem como de exportação de peras da China para o Brasil. Foram concluídas, ainda, visitas de inspeção para amparar exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, aves e ovos e soro sanguíneo bovino à China. Do lado das exportações chinesas, foram realizadas auditorias em estabelecimentos produtores de envoltórios naturais para exportação ao Brasil. 

Durante a VI reunião plenária da COSBAN, as partes anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para a China, bem como planos de assinatura dos protocolos relativos às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino na próxima reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, a realizar-se em data a definir, no período de 21 a 24 de junho de 2022. 

As partes acordaram, ainda, envidar esforços para finalizar, até o final de 2022, as negociações relativas às exportações brasileiras de gergelim, sorgo e uvas, bem como atribuir prioridade às negociações visando permitir as exportações brasileiras de farinhas de pescado, aves e suínos, assim como as exportações chinesas de maçãs para o Brasil.  

Os compromissos alcançados demonstram o dinamismo da relação bilateral em agricultura e representam o potencial dos dois países em buscar crescentes complementaridades econômico-comerciais. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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