USDA reduz números do milho e Chicago responde atingindo maiores patamares dos últimos meses
USDA reduz números do milho e Chicago responde atingindo maiores patamares dos últimos meses
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram as movimentações desta sexta-feira (10) contabilizando fortes altas na Bolsa de Chicago (CBOT).
As cotações do milho na CBOT subiram bastante após USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgar relatório reduzindo a safra e os estoques dos Estados Unidos.
Os estoques finais de milho foram apontados pelo USDA em 39,12 milhões de toneladas, enquanto no mês passado a estimativa era de 44,15 milhões. O reporte também cortou a produção de milho dos EUA de 384,64 para 377,63 milhões de toneladas.
De acordo com o Analista de Inteligência de Mercado de Milho da StoneX, Raphael Bulascoschi, este corte de 7 milhões de toneladas na produção norte-americana provocou os maiores patamares de preços em Chicago dos últimos meses, chegando nos US$ 6,70 contra os índices próximos de US$ 3,00 que foram registrados em agosto.
Daqui para frente, o analista destaca que o mercado vai seguir acompanhando o desenvolvimento da safra da América do Sul, onde qualquer problema de clima pode elevar os preços em Chicago, e acompanhar as relações geopolíticas, especialmente entre China e Estados Unidos.
Na opinião de Bulascoschi, medidas protecionistas de Donald Trump podem prejudicar os Estados Unidos no setor das exportações e levar a China para buscar suprimentos de grãos em outras originações, como o Brasil, por exemplo.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,70 com elevação de 14,50 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,79 com valorização de 15 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,82 com ganho de 14 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,48 com alta de 4,25 pontos.
Esses índices representam ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (09), de 3,01% para o março/25, de 3,17% para o maio/25, de 2,94% par ao julho/25 e de 1,01% para o setembro/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 4,38% para o março/25, de 4,64% para o maio/25, de 4,50% para o julho/25 e de 2,40% para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
Mercado Brasileiro
Na Bolsa Brasileira (B3) a sexta-feira também se encerrou com movimentações positivas para os preços futuros do milho.
Além de acompanhar as altas vindas de Chicago, o cereal brasileiro recebeu apoio positivo das movimentações cambiais no Brasil, com o dólar subindo mais de 1% ante ao real ao longo do dia, conforme destacado pela análise da Agrinvest.
A StoneX estima 101,6 milhões de toneladas produzidas na segunda safra e um total de 128,6 milhões de toneladas, índice superior ao do ano passado, mas em linha com uma safra considerada normal.
Para Bulascoschi, o desenvolvimento da segunda safra e o tamanho da oferta vão direcionar os preços no segundo semestre, mas deve haver bom suporte da demanda tanto interna, que subiu 50% desde 17/18, quando externa, especialmente se a China deixar de compras nos EUA e se voltar ao Brasil como fez em 2023.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um último dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Jataí/GO e Rio Verde/GO e percebeu valorizações nas praças de Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Sorriso/MT.
O vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 74,17 com alta de 0,34%, o março/25 valeu R$ 77,95 com valorização de 1,58%, o maio/25 foi negociado por R$ 75,40 com elevação de 1,34% e o julho/25 teve valor de R$ 71,54 com ganho de 1,07%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram valorização de 1,95% para o janeiro/25, de 7,15% para o março/25, de 4,53% para o maio/25 e de 2,48% para o julho/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
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