Semana de altas movimentações para o mercado do milho chega ao fim com tarifas e USDA no radar
Semana de altas movimentações para o mercado do milho chega ao fim com tarifas e USDA no radar
A sexta-feira (11) chega ao fim com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,15 e R$ 79,34, mas ainda acumularam altas de até 3,8% ao longo da semana.
As movimentações do milho na B3 estiveram bastante atreladas ao câmbio ao longo desta semana, apresentando valorizações quando o dólar subiu ante ao real diante dos anúncios das novas tarifações internacionais e recuou junto à moeda estrangeira quando as taxações foram pausadas por 90 dias pelo Presidente Donald Trump.
De acordo com o Analista de Inteligência de Mercado de Milho da StoneX, Raphael Bulascoschi, o mercado deverá olhar cada vez mais par ao clima e o desenvolvimento da segunda safra de milho do Brasil, já que a maior parte das lavouras está em pendoamento e no período crítico para definição de produtividade.
Outro ponto de atenção para o produtor brasileiro é a competitividade do milho do Brasil ante à concorrentes internacionais, especialmente na reta final do ano, quando a safra dos Estados Unidos começar a entrar no mercado global.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
O vencimento maio/25 foi cotado à R$ 79,34 com desvalorização de 1,55%, o julho/25 valeu R$ 72,15 com queda de 0,44%, o setembro/25 foi negociado por R$ 72,34 com alta de 0,19% e o novembro/25 teve valor de R$ 75,06 com baixa de 0,03%.
No acumulado semanal, os vencimentos do cereal brasileiro acumularam valorizações de 3,85% para o maio/25, de 1,26% para o julho/25, de 2,25% para o setembro/25 e de 2,32% para o novembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (04).

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve altos e baixos neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Castro/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Machado/MG e Campinas/SP, e percebeu valorizações em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Sorriso/MT.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho finalizaram o pregão desta sexta-feira com movimentações positivas e acumulando valorizações de até 6,5% ao longo desta semana.
O Analista da StoneX destaca que a semana foi marcada por muita movimentação no mercado de milho diante de toda a Guerra de Tarifas entre Estados Unidos e outros países, especialmente a China, e dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Bulascoschi explica que, a questão das tarifas tem menos impacto no milho do que em outras commodities, especialmente, porque a China já vinha comprando menos o cereal dos EUA nos últimos anos, mas toda a conjuntura econômica acaba também tranzendo pressão.
Por outro lado, o relatório de oferta e demanda do USDA de quinta-feira aumentou as projeções para as exportações norte-americanas e reduziu estoques finais nos Estados Unidos e no mundo, o que sustentou as valorizações registradas nessa semana.
Daqui para frente, o mercado deve seguir acompanhando o clima para o plantio da nova safra americana, que está atrasado pelas chuvas, mas deve ganhar ritmo nas próximas semanas.
O vencimento maio/25 foi cotado à US$ 4,90 com ganho de 7,25 pontos, o julho/25 valia US$ 4,97 com elevação de 8,25 pontos, o setembro/25 foi negociado por US$ 4,56 com valorização de 9,75 pontos e o dezembro/25 teve valor de US$ 4,63 com alta de 9,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (10), de 1,50% para o maio/25, de 1,69% para o julho/25, de 2,18% para o setembro/25 e de 2,04% para o dezembro/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram valorizações de 6,52% para o maio/25, de 6,37% para o julho/25, de 3,87% para o setembro/25 e de 3,75% para o dezembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (04).

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