Produtores sem interesse de venda mantêm preços do milho lateralizados no Brasil
Produtores sem interesse de venda mantêm preços do milho lateralizados no Brasil
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A sexta-feira (24) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro operando no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT), mas ainda assim finalizando a semana com leves elevações acumuladas.
Segundo a análise de Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, as desvalorizações de hoje vieram em um movimento de realização de lucros após as valorizações registradas na quinta-feira, que vieram impulsionadas pelas fortes altas do petróleo.
O analista destaca ainda que o mercado deverá seguir com volatilidade enquanto aguarda o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping e um possível acordo comercial entre China e Estados Unidos, já que esse movimento pode trazer muito reflexo para as cotações da soja e acabar puxando o milho junto.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,23 com desvalorização de 4,75 pontos, o março/26 valeu US$ 4,37 com baixa de 4,25 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,45 com queda de 3,50 pontos e o julho/26 tinha valor de US$ 4,52 com perda de 3 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (23), de 1,11% par ao dezembro/25, de 0,96% para o março/26, de 0,78% para o maio/26 e de 0,66% para o julho/26.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram ganhos de 0,18% para o dezembro/25, de 0,11% para o março/26, de 0,17% para o maio/26 e de 0,33% para o junho/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (17).
Mercado Interno
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho finalizaram a sexta-feira contabilizando movimentações estáveis, mas acumulando desvalorizações semanais.
Para Roberto Carlos Rafael, tanto as quedas quanto as elevações registradas há alguns dias foram movimentos específicos de bolsa, movimentações técnicas que não se refletiram nos preços do mercado físico.
Para esse cenário interno, Rafael destaca que as cotações seguem bastante lateralizadas, especialmente diante de produtores que não tem interesse de avançar com a comercialização neste momento de preços pouco atrativos.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho registrou algumas elevações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em São Gabriel do Oeste/MS no Porto de Santos/SP, enquanto as valorizações apareceram nas praças de Tangará da Serra/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Cândido Mota/SP.
O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 67,20 com estabilidade, o janeiro/26 valeu R$ 70,76 com alta de 0,06%, o março/26 foi negociado por R$ 72,30 com ganho de 0,07% e o maio/26 teve valor de R$ 71,40 com elevação de 0,07%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram perdas de 1,85% para o novembro/25, de 1,05% para o janeiro/26, de 0,82% para o março/26 e de 0,56% para o maio/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (17).
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