Artilharia da extrema imprensa não quer saber da chantagem, só quer o fim de Bolsonaro
Podcast
Artilharia da extrema imprensa não quer saber da chantagem, só quer o fim de Bolsonaro
DownloadJair Bolsonaro usou o Twitter nesta noite:
“O q leva parte da imprensa a mentir, deturpar, caluniar… enfim, atentar contra o Brasil 24h/dia? Abstinência de verba ou medo da verdade?”, escreve o presidente.
Mais adiante, Bolsonaro cita o livro do profeta Jeremias: “E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti, porque eu sou contigo, para ti livrar [sic], diz o Senhor”.
Bolsonaro diz que usa Whatsapp para mensagens pessoais e "ilação" é tentativa de tumultuar
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, em publicação no Facebook, que usa o Whatsapp apenas para trocar mensagens pessoais e de forma reservada com poucas dezenas de amigos, e que qualquer "ilação" fora desse contexto é tentativa de tumultuar a República.
A publicação foi feita após o jornal O Estado de S. Paulo informar que Bolsonaro enviou ao menos dois vídeos pelo Whatsapp que convocam a população a ir às ruas em 15 de março em defesa do governo e contra o Congresso.
"Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias sociais (Facebook, Instagram, YouTube e Twitter) onde mantenho uma intensa agenda de notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional", disse o presidente no Facebook.
"Já no Whatsapp tenho algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada, trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República", acrescentou.
Um dos vídeos convocando para a manifestação de 15 de março, que está disponível no site do Estadão, contém imagens da facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha presidencial e de sua recuperação no hospital. Bolsonaro é classificado como um presidente “cristão, patriota, capaz, justo e incorruptível”.
Em um texto enviado juntamente com o vídeo, Bolsonaro escreve, de acordo com o jornal: "O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre."
A manifestação convocada para 15 de março é uma reação à fala do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que chamou o Congresso de "chantagista" na semana passada, e defendeu que a população fosse às ruas defender o governo.
PSOL pede a Aras investigação sobre apoio de Bolsonaro a ato contra Congresso
O PSOL protocolou nesta quarta-feira, 26, pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro na Procuradoria-Geral da República. A sigla solicita a Augusto Aras, chefe do Ministério Público, que abra investigação para punir o presidente por divulgar vídeo pelo WhatsApp convocando manifestantes para atos anti-Congresso. O caso foi revelado nesta terça, 25, pelo Estado.
A sigla pede a Aras que abra investigação para autuar e responsabilizar "Bolsonaro e seus aliados que também estejam convocando a população para atacar a democracia".
"Não restam dúvidas de que os representantes do atual governo, especialmente o Presidente da República, não possuem qualquer apreço pela democracia e sequer reconhecem ou compreendem o papel de instituições como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal para a consolidação do Estado Democrático de Direito", afirma o partido.
Segundo o PSOL, o compartilhamento de mensagens que "incentivam o acirramento político e ameaçam o funcionamento das instituições democráticas" demandam investigações do Ministério Público Federal.
"É inquestionável que no regime democrático o Presidente da República e seus Ministros se submetem à Constituição Federal e às leis vigentes, devendo respeitar e prezar pelo livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação", afirma o partido.
O PSOL cobra ainda que seja apurado a origem, financiamento e produção do vídeo divulgado por Bolsonaro.
A gravação divulgada exibe a facada que o então candidato à Presidência sofreu em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, para dizer que o presidente "quase morreu" para defender o País e que agora precisa "que as pessoas vão às ruas para defendê-lo" A mensagem que acompanha o vídeo afirma: "- 15 de março/Gen Heleno/Cap Bolsonaro/O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre".
O Orçamento impositivo é um dos pivôs da atual crise entre os poderes. Após governo e Legislativo fecharem um acordo sobre os vetos presidenciais ao tema, o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, acusou o parlamento de "chantagear" o governo por recursos.
COM A PALAVRA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA JAIR BOLSONARO
A reportagem entrou em contato, por e-mail, com o Palácio do Planalto e aguarda resposta. Mais cedo, pelas redes sociais, Bolsonaro escreveu: "Tenho 35Mi de seguidores em minhas mídias sociais, c/ notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República."
'Vídeo não fala do Congresso, é de apoio ao governo', diz General Ramos
O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, minimizou nesta quarta-feira, 26, o envio, pelo presidente Jair Bolsonaro, de um vídeo convocando para manifestações organizadas por apoiadores do governo no dia 15 de março. A divulgação dos atos nas redes sociais tem sido marcada por críticas ao Congresso. Em conversa com o Estado, o ministro afirmou que "não foi ele (o presidente) que fez os vídeos, não foi ele que distribuiu, ele não fez qualquer crítica aos parlamentares".
De acordo com Ramos, o presidente decidiu compartilhar o vídeo com amigos após ficar sensibilizado com as imagens, que incluem cenas de quando tomou uma facada, durante a campanha eleitoral de 2018, e de seu período de internação no hospital.
"O vídeo não fala do Congresso. É um vídeo de apoio ao governo, que ele recebeu, como recebeu muitos outros, e, pelo tom emotivo, apenas repassou para uma lista reservada de pessoas. Só no privado", afirmou Ramos ao Estado. "Qual é a culpa dele nisso?", questionou o ministro, que passou o feriado de carnaval ao lado do presidente no Guarujá, no litoral de São Paulo.
O presidente compartilhou com seus contatos do WhatsApp dois vídeos. Um deles, revelado pelo BR Político, diz: "Ele foi chamado a lutar por nós. Ele comprou a briga por nós. Ele desafiou os poderosos por nós. Ele quase morreu por nós. Ele está enfrentando a esquerda corrupta e sanguinária por nós. Ele sofre calúnias e mentiras por fazer o melhor para nós. Ele é a nossa única esperança de dias cada vez melhores. Ele precisa de nosso apoio nas ruas. Dia 15/3 vamos mostrar a força da família brasileira. Vamos mostrar que apoiamos Bolsonaro e rejeitamos os inimigos do Brasil. Somos sim capazes, e temos um presidente trabalhador, incansável, cristão, patriota, capaz, justo, incorruptível. Dia 15/03, todos nas ruas apoiando Bolsonaro", diz o texto que aparece na tela, entremeado por imagens de Bolsonaro sendo esfaqueado, no hospital e depois em aparições públicas.
A divulgação do vídeo tem sido tratada como um endosso, por parte de Bolsonaro, às manifestações e gerou reações no mundo político e nas redes sociais na terça-feira, 25. "Estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas", afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Twitter.
Ramos ressaltou, porém, que Bolsonaro "não sabe" quem fez o vídeo e citou o fato de ele não ter reproduzido os vídeos em nenhuma rede social, apenas no WhatsApp pessoal. "Ele não colocou no Twitter, não colocou no Facebook, nem no Instagram. Qual é a responsabilidade dele de terem divulgado isso nas redes abertas? Nenhuma. Zero. Não é culpa dele. Foram apoiadores que divulgaram. A fala oficial dele sobre isso está em um Twitter que ele publicou há pouco", afirmou.
Na postagem, feita na manhã desta quarta-feira, o presidente afirmou que fez "troca de mensagens de cunho pessoal, de forma reservada" e que "qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República".
Segundo o ministro da Secretaria de Governo, apesar dos ataques, Bolsonaro "está tranquilo porque não fez nada de errado". "Quem não deve, não teme. O presidente está com a consciência tranquila. Ele não fez nenhuma dessas ilações que estão dizendo aí. Não disse uma palavra sobre Congresso. Ele não pode ser culpado por uma coisa que não fez", afirmou Ramos.
PT convoca a tropa para os dias 8, 14 e 18 de março (em O Antagonista)
Seguindo a linha de sua presidente, Gleisi Hoffmann, o PT acaba de divulgar uma nota em que condena Jair Bolsonaro pelo vídeo compartilhado no WhatsApp e convoca a militância para ir às ruas contra o atual governo.
No texto — assinado por Gleisi e pelos líderes petistas na Câmara e no Senado, Enio Verri e Rogério Carvalho –, o partido do ex-presidiário Lula volta a falar no “golpe do impeachment” de Dilma Rousseff e na “prisão ilegal” de seu principal líder.
“O novo ataque de Jair Bolsonaro à democracia e às instituições, na noite da terça-feira de Carnaval, é mais uma etapa da escalada que passou pelo golpe do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e pela prisão ilegal e cassação da candidatura do presidente Lula, em 2018”, diz a nota.
“A nova ameaça bolsonarista começou com um ataque despudorado do general Augusto Heleno ao Congresso Nacional, que tem a obrigação de reagir com firmeza por meio dos presidentes da Câmara e do Senado. O Partido dos Trabalhadores, que já fez requerimento para convocar o general Heleno ao plenário do Senado, reitera que os presidentes do Legislativo devem se juntar às diversas vozes que repudiam os ataques à democracia por parte de Bolsonaro e de seus cúmplices civis e militares”, prossegue o PT.
E mais:
“O PT está articulado com os partidos de oposição, com as centrais sindicais e com organizações da sociedade para deter essa ameaça, que atinge em primeiro lugar os interesses do povo, dos trabalhadores e dos desprotegidos, que precisam garantir o direito à liberdade, ao trabalho, à renda, uma vida digna que só pela democracia se conquista. Quem pode realmente garantir a democracia no Brasil é o povo nas ruas. Por isso, o PT fortalecerá a mobilização para os atos públicos convocados nacionalmente, nos dias 8, 14 e 18 de março, e vai articular com amplos setores da sociedade atos em defesa da democracia e dos direitos do povo. É assim que mostraremos nossa indignação com a situação do país, enfrentando Bolsonaro e seu governo neoliberal de extrema-direita.”
J.R. Guzzo no ESTADÃO: 'Resta, para os contrários ao 15 de março, convencer as pessoas a não irem'
Uma dessas realidades incômodas que a vida costuma trazer nas sociedades livres está aí de novo, já com data marcada: 15 de março de 2020. Grupos políticos de direita, ou algo tão parecido com isso que não dá para notar a diferença, estão convocando o povo, com o uso intenso das redes sociais, a irem em massa para as ruas com um objetivo declarado: apoiar o governo do presidente Jair Bolsonaro e descer a lenha em deputados e senadores que, a seu ver, sabotam o trabalho do governo em favor da população. Dizem que é isso, e só isso, o que querem. Seus adversários dizem que é mais, e muito mais: as manifestações, segundo acusam, são um ato deliberado contra o Congresso, a democracia e o estado de direito.
Como é que fica? A dor de cabeça é que não dá para dizer com clareza se há um lado certo e outro errado ou se os dois estão certos e errados ao mesmo tempo. Na hipótese mais benigna tudo pode acabar como o desfile de carnaval que se desmancha na praça da dispersão. Na hipótese mais maligna, sobretudo se situações como essa criarem o hábito de ficar se repetindo, podemos estar diante de um anteprojeto de barril de pólvora à espera de um fósforo. Muita gente boa (e muita gente ruim, também), está convencida de que os protestos do dia 15 de março são um animal diferente de tudo o que já se viu até agora.
Desta vez, na visão de quem acionou a sirene de alarme, grupos influentes, radicais e aventureiros dentro do governo estão operando, de caso pensado, para criar uma crise entre governo e Congresso. Dada a miserável reputação de Câmara e Senado diante da população, e da certeza que têm no prestígio popular do presidente da República, a maioria da opinião pública não teria muitas dúvidas: fecharia com o governo e suas virtudes contra a politicalha e os seus vícios. E daí – o que iria acontecer na prática? Ninguém sabe.
Os adversários da manifestação lembram que o general Augusto Heleno chamou recentemente um número não especificado de deputados e senadores de “chantagistas”. Citam o estímulo claro que o presidente Jair Bolsonaro está dando ao ato, através de seus sistemas de comunicação digital – vídeos onde se toca o Hino Nacional, critica-se o Congresso e aparecem cenas da tentativa de assassinato que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018 em Juiz de Fora. Relacionam a quantidade de generais presentes no núcleo mais íntimo do Palácio do Planalto. Acham, pelo que foi possível deduzir até agora, que Bolsonaro vai dar algum tipo de golpe branco – ou cinza, ou algo assim.
A partir daí, o presidente e o seu estado-maior passariam a governar por decreto, com o apoio direto do povo. Afinal, de todos os políticos brasileiros, ele é o único ovacionado quando aparece em público, quando seus inimigos não podem por o pé para fora de casa sem a proteção de um exército de seguranças. Quanto aos parlamentares – bem, a maioria dos brasileiros tem certeza de que não apenas são chantagistas, mas também ladrões, criminosos, vagabundos e sabe Deus o que mais. (Não os ajuda em nada o fato de que talvez até 40% deles estejam envolvidos em algum tipo de problema penal.) Quem estaria disposto a defender essa gente?
Só que não é bem assim, ou nada assim. A dificuldade de se acreditar nas manifestações do dia 15 como um ensaio geral de golpe é que não há até agora nenhuma prova razoavelmente aceitável de golpe nenhum - tudo bem, pode fazer sentido, mas onde está o revólver com a fumaça saindo pelo cano? Não há a mais remota ideia, também, de como seria possível na prática botar em pé um negócio desses – nem se Bolsonaro conseguiria apoio para tanto, ou sequer se tem mesmo alguma vontade de fazer algo parecido. E o dia seguinte – como é ficaria? Que tipo de governo, depois do tal “golpe branco-cinza”, alguém conseguiria montar na vida real? De outro lado, há a dificuldade, tão grande quanto essa, de se impedir as manifestações.
Impedir como – mandando a polícia dissolver a massa na base da borracha no lombo? Não pode. O artigo 5 da Constituição Federal, inciso XVI, diz que todo brasileiro tem o direito de se reunir pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, sem ter de pedir autorização nenhuma a ninguém – basta que avisem antes as autoridades. Não está dito, ali, que as manifestações têm de ser justas, ou que os manifestantes não podem ser de direita, ou que é proibido se manifestar contra o Congresso. Não há nada disso. O que a lei diz, apenas, é que as manifestações são livres. É uma dor de cabeça, realmente, como tantos outros problemas da democracia – as eleições, por exemplo, onde há o imenso inconveniente de que o lado contrário ao seu pode ganhar. Fazer o que? Resta, para os formadores de opinião contrários ao 15 de março, convencer as pessoas a não irem. (J.R.GUZZO, no ESTADÃO)
4 comentários
STOXX 600 acumula queda em semana de pregões instáveis
BC vende 12.000 dos 15.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão de rolagem
ONS vê reservatórios de hidrelétricas do SE/CO acima de 50% em dezembro
Ibovespa tem leve queda com ajuste de posições de olho em juros; GPA sobe 7%
Wall St abre em alta após previsão otimista da Broadcom
Mercado vê déficit fiscal menor em 2024 e 2025, mas espera piora na dívida, mostra Prisma
Luiz de Santana Junior Aracaju - SE
Eles não tem mais o que inventar. Vão trabalhar e deixem o homem trabalhar, que é melhor.
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
João Batista Olivi e Fernando Pinheiro Pedro estão cobertos de razão..., a extrema imprensa perdeu todo e qualquer escrúpulo, e jornalistas como Vera Magalhães desejam o pior para o Brasil para manter suas mordomias e mamatas. O único objetivo dessa gente é derrubar o presidente da república Jair Bolsonaro para que possam nos roubar de novo. E Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia estão juntos nessa, eles é que são os chantagistas que, no uso de suas atribuições, procuram o beneficio próprio nem que para isso tenham que desgraçar o país e aos brasileiros.
Quem assistiu o canal rural tomando uma invertida com dados errados sobre exportação de soja para China... achei bom...
carlo meloni sao paulo - SP
Quando os Paralama do Sucesso lançaram uma cançao anti-cogresso baseada na frase do
Lula se referindo aos trezentos picaretas, NINGUEM FALOU NADA!!!!carlo meloni sao paulo - SP
Atacar simplesmente a pessoa do Bolsonaro, esquecendo-se a posiçao dele contra a corrupçao do congresso, acaba fortalencendo o presidente perante à populaçao---E" graças à burrice das esquerdas e à falsidade dos jornalistas que estamos por cima...
Um país que almeja o desenvolvimento e o bem estar geral não pode valorizar o cinismo em qualquer que seja a direção.