Mercado financeiro, de olho na inflação, recua com o anuncio da fase vermelha em S. Paulo

Publicado em 22/12/2020 15:12
Analise de Alessandra Mello, especial para o Tempo&Dinheiro (Notícias Agrícolas)

Ibovespa desacelera alta após anúncio de novas medidas de isolamento em SP

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa devolveu parte dos ganhos nesta terça-feira, pressionado principalmente por ações de empresas afetadas pela intensificação de medidas de isolamento no Estado de São Paulo.

Às 14h15, o Ibovespa subia 0,42%, a 116.312 pontos. O volume financeiro da sessão era de 11,5 bilhões de reais.

O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira a proibição de funcionamento de comércio não essencial, como bares, restaurantes e shoppings centers, entre 25 e 27 de dezembro e entre 1 e 3 de janeiro para conter o avanço da pandemia de Covid-19 no Estado.

Pouco após o anúncio, o índice chegou a operar em baixa, mas logo voltou ao azul. Na máxima da sessão, chegou a subir 0,93%.

Ações de empresas de varejo e vestuário foram as mais impactadas pela notícias. Via Varejo acelerou a queda a 0,7%, Lojas Renner recuava 2,5%, enquanto a Cia Hering mostrava declínio de 2,3%.

D o montante de R$ 620,5 bi em medidas para Covid-19, R$31,6 bi afetarão primário de 2021, diz Economia

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BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia indicou nesta terça-feira que as medidas para enfrentamento à pandemia de Covid-19 terão impacto primário de 620,5 bilhões de reais, sendo que 31,6 bilhões de reais --ou 5,1% do total-- vão afetar o resultado primário do ano que vem.

O montante que ficará para 2021 inclui os 20 bilhões de reais em créditos extraordinários para campanha de vacinação contra o coronavírus.

Em apresentação, a pasta indicou que 588,9 bilhões de reais (ou 8,15% do Produto Interno Bruto) afetarão o rombo primário deste ano, ao passo que os 31,6 bilhões de reais restantes (0,4% do PIB) vão afetar os dados do ano que vem.

Os cálculos consideraram uma contração da economia brasileira de 4,5% em 2020 e alta de 3,2% em 2021.

Quando propôs a adoção de uma nova meta de resultado primário para o próximo ano, de déficit de 247,118 bilhões de reais para o governo central, a equipe econômica já havia reconhecido o impacto negativo de reaberturas e pagamento de restos a pagar de créditos extraordinários abertos em 2020 para combate à pandemia.

Nesta terça-feira, a pasta especificou que, além da campanha de vacinação, os 31,6 bilhões de reais que vão ficar para 2021 contemplam restos a pagar de 7,7 bilhões de reais associados à secretaria de Trabalho e Previdência, 3 bilhões de reais para a Saúde (entre reabertura de créditos e restos a pagar) e 900 milhões de reais em restos a pagar para o Ministério da Cidadania.

Em relação aos indicadores fiscais neste ano, a projeção para o déficit primário do governo central passou a ser de um rombo de 831,8 bilhões de reais ou 11,5% do PIB. No fim de novembro, essa expectativa era de 11,7% do PIB.

Para o setor público consolidado, o governo prevê agora um rombo primário de 844,2 bilhões de reais, ou 11,7% do PIB, contra 11,9% do PIB no mês anterior.

A dívida bruta deve encerrar o ano em 93,3% do PIB (94,4% antes), e a dívida líquida em 66,5% do PIB (percentual que não mudou), indicou ainda o Ministério da Economia.

 

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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