260 mil novos empregos, 546 milhões de doses de vacinas, crescimento em "V" em plena pandemia ... que País é esse?

Publicado em 16/03/2021 16:50
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
Edição desta terça-feira, 16/março/21, com João Batista Olivi

Sinais por toda parte indicam que economia está decolando, diz Guedes

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(Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira que vários indicadores sinalizam que a economia brasileira está mais uma vez decolando.

Em rápida fala à imprensa, ele citou o valor recorde de criação de vagas do emprego formal em janeiro, o indicador de atividade do BC (IBC-Br) para o mês, que veio acima do esperado, e a arrecadação de tributos federais, que, segundo o ministro, deverá ser recorde.

"Há sinais por toda parte de que a economia brasileira está de novo decolando", disse Guedes.

Ele ressaltou, contudo, a importância da vacinação em massa para que a população mais vulnerável --que ele chamou de invisíveis-- possa voltar a trabalhar.

"Vamos vacinar em massa para garantir o retorno seguro ao trabalho", afirmou.

Brasil tem janeiro recorde para o emprego formal, com a criação de 260.353 vagas

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BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil abriu 260.353 vagas formais de trabalho em janeiro, número recorde para o mês e acima do esperado por economistas, impulsionado por contratações da indústria e do setor de serviços, mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Economia.

O Ministério da Economia atribuiu o desempenho favorável em boa medida aos efeitos do programa BEM, que garante uma complementação de renda a trabalhadores de empresas autorizadas a suspender contratos ou reduzir jornadas e salários de forma temporária, e confirmou que o benefício será renovado em breve, com novas regras.

"Nos próximos dias o presidente assina uma MP para continuar protegendo os trabalhadores formais do Brasil", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em declarações à imprensa.

Em janeiro, as empresas admitiram 1.527.083 de trabalhadores, número próximo ao observado no mesmo período do ano passado, e desligaram 1.266.730 de pessoas, número inferior ao dado de janeiro de 2020.

O resultado líquido foi o maior saldo de criação de empregos para meses de janeiro da série histórica do Caged, que tem início em 1992, e veio bem acima das expectativas de analistas consultados pela Reuters, que previam a abertura de 122 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês.

"Esse resultado só foi possível com a estabilização do mercado de trabalho no Brasil a partir dos programas que foram introduzidos", disse o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, em referência ao BEM.

Em janeiro, 3,5 milhões de trabalhadores ainda estavam sob a garantia provisória de emprego do BEM. A projeção do governo é que esse número caia gradualmente, chegando em agosto a 1,5 milhão de trabalhadores ainda sem poderem ser demitidos em função da primeira edição do programa, no ano passado.

No primeiro mês do ano houve abertura de vagas em todos os setores da economia, com destaque para indústria (+90.431) e serviços (+83.686), seguido da construção (+43.498) e agropecuária (+32.986).

O setor de comércio, que sofre o impacto mais direto das medidas de isolamento social adotadas para o enfrentamento da pandemia e também é afetado no mês por demissões de trabalhadores temporários contratados no final do ano, criou 9.848 postos.

Em dezembro, o país fechou 93.726 vagas, segundo dado com ajustes de 67,9 mil informado originalmente. O fechamento de postos, que obedece a tendência sazonal, se deu após cinco meses consecutivos de abertura de vagas.

NOVO BEM

Guedes reafirmou que, com o BEM, o governo espera oferecer uma garantia de 11 meses aos trabalhadores beneficiados.

"Estamos estudando exatamente o seguro-emprego", disse Guedes. "Ao invés de esperar alguém ser demitido e pagar 1.100 (reais de seguro desemprego) após a pessoa ser demitida e ter uma garantia de cinco meses, nós queremos uma garantia de 11 meses e onde nós pagamos 500 reais para a pessoa continuar empregada."

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse que o governo ainda estuda os detalhes das regras da nova versão do BEM, mas que elas serão bem próximas às adotadas na primeira edição do programa.

"A proposta que se busca é um programa nos mesmos moldes do BEM, com alguns ajustes pequenos, mas que não mudam a ideia da suspensão e redução de jornada", disse Bianco.

Governo edita nos próximos dias MP com renovação de programa de proteção do emprego formal, diz secretário

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro assinará nos próximos dias medida provisória prorrogando o programa BEM, que permite a suspensão temporária de contratos de trabalho ou a redução de jornada e salário, com complementação de renda, afirmou nesta terça-feira o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco.

Sem detalhar as regras da nova versão do programa, que vigorou até dezembro do ano passado, Bianco disse que o BEM teve influência "muito positiva" no desempenho do trabalho formal em janeiro, que mostrou recorde de criação de vagas, com 260.353 novos postos.

Guedes cita "coeficiente de 70%" de aprovação de reformas no Congresso e diz querer ser vacinado

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que o governo calcula ter obtido um "coeficiente de 70%" na aprovação de medidas econômicas enviadas ao Congresso Nacional e mencionou que a reforma administrativa está pronta para ser aprovada pelos parlamentares, classificando-a como "leve, suave".

Em entrevista gravada à CNN, Guedes mencionou a economia fiscal que a reforma vai gerar em âmbito federal, de 300 bilhões de reais, além da economia em torno de 140 bilhões de reais a 150 bilhões de reais em salários nos três níveis da Federação.

Questionado sobre a reforma tributária, o ministro pontuou que ela é "um pouco mais complexa". Guedes afirmou que o governo não queria "cair na armadilha que estava preparada" de elevação de tributos em meio a uma recessão econômica. "Você não deve aumentar impostos no meio de uma recessão. Se não, você agudiza a recessão", reiterou.

VACINAÇÃO EM MASSA

Mais uma vez, o titular da pasta econômica reforçou a necessidade de se garantir imunização em larga escala à população, afirmando que economia e saúde são "indissociáveis". "A vacinação em massa é um passo indispensável, porque ela permite que haja uma redução dramática do desemprego informal", completou.

Em seus comentários, Guedes, de 71 anos, disse que gostaria de já ter sido vacinado. "Eu acho ótimo. Sou candidato a tomar a vacina, quero me vacinar." Residente de Brasília, Distrito Federal, o ministro, por ora, ainda não foi contemplado no processo de imunização da população pelo governo local.

O Distrito Federal está vacinando, no momento, pessoas de 74 anos ou mais, além de integrantes de outros grupos prioritários.

Guedes reúne-se com Lira para discutir tramitação da reforma administrativa

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se na tarde desta terça-feira com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para discutir a tramitação da reforma administrativa no Congresso Nacional e, ao final do encontro, se disse otimista com a perspectiva de aprovação da proposta em ambas as Casas.

Em rápida fala à imprensa na residência oficial do presidente da Câmara, Guedes, que estava acompanhado do ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, afirmou que Lira deverá anunciar em breve os detalhes acerca da tramitação da proposta.

"Nós temos avançado com uma boa velocidade na agenda de reformas e o presidente da Câmara nos chamou hoje então para conversar sobre reforma administrativa, os próximos passos, o prazo, relatoria. Tudo isso ele vai estar dando, em detalhes, daqui a pouco lá na Câmara dos Deputados", disse Guedes.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa, apresentada pelo governo em setembro de 2020, restringe a prerrogativa de estabilidade no emprego para os servidores públicos e acaba com uma série de benefícios, como férias de mais de 30 dias e aposentadoria compulsória como punição. As mudanças, no entanto, valerão apenas para novos funcionários.

De acordo com estimativas de Guedes, a economia aos cofres públicos com a aprovação da reforma será de 300 bilhões de reais em dez anos. Mais cedo, em entrevista à CNN, o ministro afirmou que a proposta está pronta para ser aprovada pelos parlamentares, classificando-a como "leve, suave".

Atualmente, a PEC encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, aguardando parecer do relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC).

Governo federal investirá R$ 7,77 bilhões para comprar vacinas da Pfizer e Janssen

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BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal vai investir 5,63 bilhões de reais na compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 e outros 2,14 bilhões de reais na aquisição de 38 milhões de doses do imunizante da farmacêutica Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson de acordo com os extratos de dispensa de licitação publicados no Diário Oficial da União.

O Ministério anunciou na segunda-feira a assinatura do contrato com os dois laboratórios, depois de meses de negociações.

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já a Janssen ainda não tem registro definitivo, mas deve receber brevemente a autorização de uso emergencial, já que tem o registro nos Estados Unidos e em outros países que são usados como base para a análise da Anvisa.

O valor total a ser desembolsado pelo governo federal, 7,77 bilhões de reais, são parte dos 20 bilhões que foram reservados no orçamento, no início deste ano, para aquisição de imunizantes.

Nas últimos semanas, o governo federal anunciou também a compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V e 20 milhões da indiana Covaxin. Nenhuma das duas, no entanto, entregou ainda os documentos necessários para pedido de registro emergencial ou definitivo no país.

Em entrevista na segunda-feira, Eduardo Pazuello --que teve na noite do mesmo dia seu substituto no comando do Ministério da Saúde anunciado-- afirmou que, somando todos os acordos já firmados pela pasta com diferentes laboratórios, o Brasil tem garantidas 562 milhões de doses de vacinas da Covid-19 para o ano de 2021.

Até o momento, no entanto, foram distribuídas apenas cerca de 25 milhões de doses aos estados e municípios, sendo 20,6 milhões de doses da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, que está sendo envasada pelo Instituto Butantan, e 4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca importadas da Índia.

Com a escassez de doses, a vacinação no país tem caminhado a ritmo lento, com apenas cerca de 6% da população acima de 18 anos vacinada com a primeira dose, de acordo com levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

França diz ter terceira onda de Covid-19 e maior número de casos desde novembro

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PARIS (Reuters) - O primeiro-ministro da França, Jean Castex, disse ao Parlamento nesta terça-feira que o país entrou em uma terceira onda da pandemia de Covid-19, e a média de sete dias de casos novos passou de 25 mil pela primeira vez desde 20 de novembro.

Autoridades de saúde francesas relataram 29.975 casos novos nesta terça-feira, um salto de 4,5% em relação ao total de terça-feira passada e o maior aumento semana a semana em um mês e meio.

A França está às voltas com um aumento constante de casos novos, o que cria uma grande pressão sobre o sistema hospitalar do país – o que especialistas de saúde proeminentes dizem poder ser evitado somente com um novo lockdown.

Como outros países da União Europeia, a França está bem atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido na vacinação de sua população.

O presidente francês, Emmanuel Macron, ainda torce para que uma campanha de vacinação consiga conter os efeitos de uma nova onda pandêmica desencadeada por variantes mais contagiosas, poupando a França de um terceiro lockdown nacional.

Mas a suspensão do uso da vacina da AstraZeneca, anunciado na segunda-feira devido a dúvidas sobre sua segurança, pode ameaçar a estratégia do governo.

O Ministério da Saúde disse que há 4.239 pacientes em unidades de tratamento intensivo de Covid-19, uma elevação de 20 ao longo de 24 horas e uma alta de quase quatro meses. O número total de pessoas hospitalizadas com a doença subiu 23 e chegou a 25.492, maior alta desde 24 de fevereiro.

A quantidade de pessoas mortas cresceu 408 e alcançou 91.170, a sétima maior cifra de óbitos do mundo. A média móvel de mortes de sete dias é de 267.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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