Após dificuldades com chuva, colheita do milho deve ganhar ritmo em Pato Branco/PR
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A colheita da segunda safra de milho começou com atrasos em Pato Branco/PR devido ao excesso de chuvas registrado entre o fim de maio e o mês de junho. No entanto, a expectativa é de avanço nos trabalhos nos próximos dias, com a chegada do tempo firme e frio mais ameno na região.
De acordo com Luís Parzianelo, trader na Serialista RN Peruso, a colheita teve início no dia 4 de junho, com grãos apresentando umidade elevada — entre 28% e 30%, quando o ideal seria abaixo de 25%. Apesar do contratempo climático, as lavouras que conseguiram ser colhidas até agora surpreenderam em produtividade. “Estamos vendo resultados de 120 a 150 sacas por hectare, muito acima da média histórica de 90 a 100 sacas para a nossa região”, destaca.
Parzianelo explica que o adiantamento do ciclo das lavouras, provocado por calor intenso no final de fevereiro, permitiu ao produtor antecipar o plantio, o que ajudou a reduzir os impactos das geadas recentes. “A maioria dos agricultores plantou até o fim de janeiro, então apenas áreas pontuais, semeadas em fevereiro, foram mais afetadas pelo frio forte da semana passada, que chegou a -7 °C em alguns pontos”, relata.
Com cerca de 10% da área já colhida, a expectativa é de aceleração significativa dos trabalhos nesta semana, aproveitando a melhora nas condições do tempo. Parzianelo também avalia o cenário de mercado como positivo: o milho está sendo negociado a R$ 59,00 no balcão local, mas muitos produtores conseguiram contratos antecipados entre R$ 65,00 e R$ 70,00. “Aqueles que travaram preços conseguiram garantir boa margem, especialmente se comparado ao feijão, que enfrentou maiores dificuldades nesta temporada”, afirma.
Já para a safra de inverno, a área de trigo deve sofrer uma redução de 30% a 35%, segundo levantamento feito por Parzianelo com produtores da região. O excesso de chuvas no início do plantio prejudicou a emergência das lavouras e comprometeu o desenvolvimento radicular das plantas. “Além disso, o frio recente pode impactar negativamente, principalmente onde a raiz está superficial. Ainda assim, o trigo que perfilhou bem com as baixas temperaturas pode se recuperar”, analisa.
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