Apesar das chuvas no final de semana, produtores estão cautelosos para iniciar o plantio da soja em Doutor Camargo (PR)

Publicado em 28/09/2015 11:26
Apesar das chuvas no final de semana, produtores estão cautelosos para iniciar o plantio da soja em Doutor Camargo (PR). Na região, oleaginosa deve ganhar espaço frente ao milho. Preços giram em torno de R$ 71,00 a saca. Agricultores estão preocupados com os custos de produção para a próxima safrinha de milho, diante da alta do dólar. Cenário pode inviabilizar investimentos em tecnologia.

As chuvas voltaram à região de Doutor Camargo (PR) no final de semana. Ainda assim, as precipitações não foram bem distribuídas, ficaram entre 30 mm até 70 mm dependendo da localidade, o que ainda deixa os produtores cautelosos para iniciarem o plantio da soja. O vazio sanitário para a oleaginosa terminou no último dia 15 de setembro.

O produtor rural da localidade, Ildefonso Ausec, explica que, na semana anterior, alguns agricultores começaram a semeadura da soja com o tempo mais seco, porém, a perspectiva é que a partir de agora o trabalho no campo ganhe ritmo. “Poderemos seguir com o cultivo do grão com mais segurança”, completa.

Em relação às projeções de mais chuvas para o estado, devido à configuração do El Niño para esse ano, o produtor ressalta que as precipitações serão favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Paralelamente, toda a área deverá ser destinada à soja na safra de verão.

“Por conta dos preços, o plantio do milho é bem pequeno na região. No caso da soja, também tivemos um aumento nos custos de produção, especialmente para quem comprou mais tarde. Mas também temos a reação nos preços da saca do grão”, afirma Ausec.

Atualmente, a saca da soja é cotada em torno de R$ 71,00 na região. Contudo, a incerteza sobre o andamento do dólar ainda deixa os produtores cautelosos nas negociações, conforme destaca o agricultor.

“O grande desafio ainda é a questão das compras, vendas e o travamento da soja. Além disso, também nos preocupa o comportamento do dólar já para a próxima safrinha de milho. Teremos um aumento expressivo no custo, que ficará inviável. Com isso, a projeção é de uma redução nos investimentos em tecnologia já para a safrinha de 2016”, finaliza o produtor.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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