Soja em Chicago tem preços melhores que no mesmo período do ano passado, mesmo diante de safra recorde nos EUA

Publicado em 18/10/2016 17:03
Demanda forte pela soja americana e firmeza nas cotações de farelo e óleo garantem sustentação dos preços

Nesta terça-feira (18), a Bolsa de Chicago (CBOT) chegou próxima ao encerramento de forma negativa após um movimento de alta considerável nos últimos dias. No entanto, os vencimentos para novembro continuam por volta de US$9,70 o bushel e maio de 2017, principal referência para o Brasil, US$9,90 o bushel.

De acordo com o consultor Flávio França Jr., nas últimas três semanas o mercado tem sido balizado por dois lados da balança, que são a questão da oferta norte-americana, com o avanço rápido da colheita e a previsão de uma safra recorde, além do consumo muito sólido do complexo soja e do milho, com demanda muito aquecida especialmente para os produtos norte-americanos. "Temos essa briga entre oferta e consumo e ela irá continuar, sem data para acabar", aponta o consultor.

Os números, no entanto, apresentam um bom sinal. "No pior momento do ano, que é a colheita dos Estados Unidos, os preços estão resistindo, então isso mostra que poderemos ter uma média maior de preço do que no ano passado", destaca. Como neste ano o fator cambial não está favorável para a comercialização da soja como nos últimos dois anos, este deve ser o principal ponto de atenção.

Porém, ainda não é possível descartar uma queda de preço nas próximas semanas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará um novo relatório em novembro com o número total da safra e alguns especialistas apontam que este número pode chegar a 118 milhões de toneladas, 2 milhões a mais do que as 116 milhões de toneladas estimadas pelo USDA em outubro.

Do lado da América do Sul, há uma previsão de redução de área plantada por parte da Argentina, o que deve evitar que os preços caiam muito, mas mesmo assim, a safra sul-americana deve ser maior do que em 2015, quando a ocorrência de El Niño trouxe perdas expressivas. Segundo o consultor, apenas uma novidade na safra sul-americana, além do esperado, seria capaz de mexer nos números em patamares mais expressivos.

Com as cotações de maio/2017 por volta de US$9,90 o bushel e prêmios positivos pagos por volta dos 60 pontos no porto de Paranaguá, o mercado volta a ficar favorável para que o produtor comece a realizar a comercialização da safra nova, mas o consultor aconselha os produtores a esperar mais um pouco para realizar as suas vendas, apesar de este já ser um preço que dá para fazer as contas.

Nos dias 27 e 28 de outubro, Flávio França Jr. estará em São Paulo com um curso que pretende ampliar os conhecimentos no mercado da soja dos interessados. Para saber mais sobre o curso, acesse www.francajunior.com.br.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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