Grãos: Tendência de queda é forte e preços do milho podem ceder ainda mais; na soja, atenção ao câmbio

Publicado em 29/03/2017 17:30
Confira a entrevista de Silvio Alface - Analista da Corretora Socopa
Sojicultor brasileiro só volta às novas vendas na medida em que encontrar uma retomada consistente do dólar. Para analista, moeda americana tem pressão do governo e, sem isso, pode voltar a bater nos R$ 3,50 no final do ano. Para o milho, atenção à uma demanda mais fraca neste momento.

O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) segue com as movimentações limitadas. De acordo com o analista de mercado Silvio Alface, da Socopa Corretora, os fundamentos são, principalmente, baixistas.

Alface aponta que informações meteorológicas dão conta de que o El Niño poderão ser benéficas para aumentar a produtividade dos grãos nos Estados Unidos. Este fator, somado a uma mudança do plantio de trigo para a soja por parte dos produtores do país e também uma safra elevada na América do Sul ditam os fundamentos do mercado neste momento.

Para o analista, o mercado não mostra nenhum clima para alta e a queda pode ser ainda mais acentuada, principalmente com uma menor demanda por parte da China.

No Brasil, os preços seguem recuando. Com dólar a baixos níveis e cotações internacionais pressionadas, os preços baixos devem se manter em um curto a médio prazo no país. O que poderia reverter ou melhorar o cenário para o produtor brasileiro seria uma alta do dólar, o que poderia acontecer a qualquer momento com a política instável. Alface, por sua vez, acredita em uma alta do dólar para o final do ano.

Milho

Neste momento, os preços do milho também estão em tendência de quedas acentuadas, que podem ser pressionadas. Com o final da colheita da soja, os produtores poderão dar preferência ao armazenamento da oleaginosa e o milho armazenado terá que entrar no mercado, o que deve ocasionar em novas baixas para as cotações. Com uma safrinha favorável à vista, apenas um problema de clima poderia reverter essa tendência.

Alface lembra também que o milho, como parte da cadeia de proteína animal, sofre com a demanda fraca das carnes, ocasionada por uma população cada vez mais sem dinheiro.

 

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