Produtores de soja terão novas oportunidades de vendas a partir de meados de abril, mas janelas de negociação serão mais curtas

Publicado em 30/03/2017 17:58
Confira a entrevista de Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio
Produtores devem ter atenção redobrada para as oportunidades de vendas de soja a partir de meados de abril

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Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio

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O consultor em agronegócio Ênio Fernandes já havia alertado anteriormente que os meses de março e abril seriam complicados para os preços no mercado da soja. Os números na Bolsa de Chicago (CBOT), neste momento, estão confirmando essa tendência.

Nesta sexta-feira (31) será divulgado o relatório de estoques trimestrais dos Estados Unidos e o primeiro levantamento de área das culturas feito pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A partir de então, os olhos do mercado se voltam para a safra americana, com as safras brasileira e argentina perdendo sua importância.

Para Fernandes, os estoques não devem apresentar surpresas, uma vez que a partir dos relatórios semanais é possível saber que já saiu mais de 84% da soja destinada para a exportação até setembro dos Estados Unidos, assim como do milho já foram mais de 56%. O tamanho da área, por sua vez, poderá ter variações importantes de preço. Espera-se uma área de 88 milhões de acres (cerca de 35 milhões de hectares) para a soja. Caso essa área seja menor, o mercado poderia ver uma tendência altista. Caso contrário, seria ainda mais baixista.

As janelas de oportunidade, portanto, serão mais curtas. Nas safras anteriores, os estoques mundiais de soja estavam menores, o que fazia os compradores terem mais insegurança na oferta. Agora, o cenário é de que os estoques estão confortáveis e os compradores podem ser cautelosos nas suas compras. Para Fernandes, os produtores devem se proteger para, quando chegar na próxima safra, não vender nos piores momentos do mercado.

A partir da segunda metade de abril para a frente, as perspectivas de oportunidades devem se abrir de forma volátil no mercado, a medida em que as lavouras americanas vão se desenvolvendo.

Em reais, os preços caíram bastante no Brasil. A evolução dos prêmios, na avaliação do consultor, irá depender muito da oferta dos produtores. Como as origens estão travadas e o mercado de insumos também se encontra com comercialização parada, pode ser que os exportadores, para cumprirem seus prazos, levem a um aumento dos prêmios. O mercado espera que o Brasil exporte mais de 60 milhões de toneladas.

 

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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