Clima seco afeta trigo e coloca soja sob risco, principalmente nas Dakotas e Minessota, responsáveis por 22% da produção nos EUA

Publicado em 08/06/2017 16:42
Eduardo Vanin - Analista de Mercado
Preços da soja sobem pelo 3º pregão consecutivo em Chicago com mercado climático de volta aos radares dos operadores

O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) tem mais um dia positivo nesta quarta-feira (8). As altas encerraram o dia entre 6 a 7 pontos, com o vencimento julho/17 sendo negociado a US$9,37/bushel.

O analista de mercado Eduardo Vanim, da Agrinvest, aponta que esse movimento de alta é justificado, a princípio, pelo trigo primavera negociado em Minneapolis, que vem subindo e puxando os grãos em geral.

Esse trigo primavera é plantado nas Dakotas e em Minnesota, estados que também plantam soja e se destacaram no ano passado pelo recorde na produtividade. Neste ano, houve mudanças de área de trigo para soja. Esses estados, juntos, possuem 22% da área produtiva americana.

Na segunda-feira, com o relatório de condição de lavouras divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), será possível conhecer a condição da soja nesses estados. O trigo primavera já aponta condições não muito favoráveis. Esses três estados sofrem, rapidamente, com a diminuição do nível de água no solo, o que não ocorre no restante da região produtora.

Vanin aponta que o mercado climático se mostra "com cara de mercado climático", trazendo volatilidade para os preços, mas isso não indica uma mudança de tendência, necessitando uma atenção diária para acompanhar as mudanças, sobretudo do complexo de grãos de uma forma geral.

A China também vem em um ritmo acelerado na demanda. As compras do país asiático, até o momento, são bastante fortes e indicam que o país vem consumindo mais ração. Porém, a China vive "momentos durante a temporada" de margens negativas ou positivas de esmagamento, que influenciam em sua capacidade de compras.

Vanin acredita que o USDA não irá revisar seus estoques para o relatório de amanhã, deixando essa atualização para um próximo relatório.

Essa alta na CBOT, combinada com uma curva de câmbio mais favorável para o ano que vem, traz diferenças de até R$6 na comercialização da safra velha para a safra nova no Brasil.

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