Fungicida do grupo das morfolinas é mais uma ferramenta a ser utilizada no manejo integrado para controle da ferrugem da soja

Publicado em 28/06/2017 17:51
Confira a entrevista com Valtemir Carlin - Eng. Agrônomo Agrodinâmica Assess. Agropecuária
Multissítio e penetrante, o produto do grupo das morfolinas é recomendado para uso após o aparecimento do fungo na planta

Valtemir Carlin, da Agrodinâmica Consultoria e Pesquisa Agropecuária, conversou com o Notícias Agrícolas a respeito das novidades em relação ao manejo da soja e do controle eficiente da ferrugem asiática.

Carlin destaca que a ferrugem da soja é impactante e problemática em termos de perdas e estragos que ela pode causar. São 14 anos de ferrugem no Brasil e, a cada ano, há um cenário diferente. Neste ano, algumas lavouras apresentaram resistência às carboxamidas, fazendo com que o país fosse o único caso no mundo de resistência aos principais fungicidas.

Por isso, a situação é preocupante e exige um reforço nas estratégias de manejo integrado e boas práticas agrícolas. Assim, o ideal seria uma janela de plantio adequada, um plantio mais cedo o possível, com um material de ciclo curto, reduzindo o intervalo dos produtos para manter eficiência, com a utilização de fungicidas mutissítios.

Essas ações têm que ser feitas respeitando a região, o ambiente e o histórico da lavoura. Para ele, os produtores precisam conhecer muito bem esses fatores para entender o comportamento da doença. Nas regiões de maior risco, todas as estratégias de manejo devem ser consideradas. "Não basta uma ação única. Manejo de doença não é só manejo químico", diz Carlin.

Há um novo grupo sendo adicionado à cultura da soja, que é o das morfolinas. Com modo de ação diferenciado, este grupo já era presente em outras culturas, mas ainda não estava registrado para a oleaginosa.

As morfolinas não possuem resistência cruzada com outros fungicidas e podem ser utilizadas em associação com outros fungicidas para complementar performances e atuar no manejo de resistência. Os estudos a respeito de sua ação ainda não muito novos, mas é sabido que elas possuem uma eficiência maior da fase reprodutiva em diante, por conta de sua ação sobre após a germinação inicial do fungo.

Elas possuem um modo de ação semelhante ao dos triazois, afetando o tubo germinativo do fungo. Entretanto, por não ter resistência cruzada, podem ser utilizadas em conjunto com este grupo. 

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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