Em Palotina (PR), produtividade da soja deve recuar nesta safra diante da queda das vagens

No Oeste do Paraná, o excesso de chuvas continua sendo uma preocupação dos produtores rurais e já ocasiona prejuízos às lavouras de soja. Em Palotina, com a queda das vagens, há uma perspectiva de redução no rendimento das lavouras para essa temporada. As perdas já são consolidadas, mas ainda não podem ser quantificadas.
Contudo, o vice-presidente do Sindicato Rural do município, Edmilson Zabot, reforça que alguns produtores estão otimistas com a colheita. "Tivemos um produtor que terminou a colheita nesta quinta-feira (18) em área de pivô e a produtividade média ficou ao redor de 184 sacas por alqueire", completa.
Ainda na visão da liderança, o problema com a queda de vagens não é generalizado. "Temos também uma falta de padrão nas vagens, estávamos acostumados com vagens com três grãos e agora temos casos com dois grãos, ou grãos falhados. Embora alguns produtores estão com as lavouras muito bonitas e ainda temos um período de manejo para o controle de pragas e doenças. E a expectativa ainda é um rendimento próximo de 150 sacas por alqueire", explica Zabot.
Pragas e Doenças
A umidade excessiva também dificultado as aplicações nas lavouras, o que pode encarecer os custos de produção nesta temporada. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, o estado do Paraná lidera a incidência da doença, com 89 casos já confirmados.
"Sabemos que esse é um cenário que irá impactar os custos, mas ainda não conseguimos quantificar. Já os preços da saca da soja estão próximos de R$ 63,00 a saca na região, mas tivemos alguns contratos com valores de até R$ 70,00 a saca", pondera a liderança.
Safrinha de milho
As compras para a safrinha de milho já foram realizadas na região e, segundo Zabot, mesmo com a possibilidade de plantio fora da janela ideal, os agricultores irão investir no cereal. "Mesmo porque, nós do Oeste do Paraná, precisamos do milho para a produção de proteína animal", diz.
Questão indígena
Em contrapartida, a insegurança jurídica causada pela questão indígena na região ainda segue como uma das preocupações dos produtores na região. "Não são indígenas, é um povo que está sendo usado para trazer a desordem na nossa região. As perdas ocasionadas pelo clima são insignificantes se comparadas com as demarcações indígenas. E as demarcações em Guairá e Terra Roxa podem abrir precedentes e impactar os municípios vizinhos. Todo esse cenário poderá inviabilizar o agronegócio no Oeste do Paraná", desabafa o vice-presidente.
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