Quer aumentar a produtividade na soja? Olhe para o solo, faça rotação e, principalmente, mude de postura, aconselha a pesquisa

Publicado em 12/07/2019 16:39
Áureo Lantmann - Consultor Técnico
500 pesquisadores e estudiosos da soja reuniram-se na Embrapa Londrina e concluíram: a maior e principal tecnologia à disposição do Agro está dentro do cérebro do produtor, basta que ele mude de comportamento e aproveite os benefícios das pesquisas que já estão à disposição dos agricultores. Entrevista com dr Áureo Lantmann, especialista em soja

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Quer aumentar a produtividade na soja? Olhe para o solo, faça rotação e, principalmente, mude de postura

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A Embrapa Soja de Londrina, no Paraná, reuniu pesquisadores para discutir os limites da produtividade da cultura, que no país gira em torno de 55 sacas por hectare. A reunião analisou a safra anterior, que foi marcada por uma grande queda de produtividade devido à seca. "Essa queda poderia ter sido menor se os produtores tivessem feito um melhor manejo de safra", é o que afirma o consultor técnico Áureo Lantmann em entrevista para o Notícias Agrícolas. Dentre as práticas que poderiam ter auxiliado oos produtores, estão a rotação de culturas, o aprofundamento do perfil de solo e adequar a época de semadura.

De acordo com Lantmann, a falta de chuva e uma maior retenção de umidade no solo foram as principais causas prejudiciais para a última safra de soja. Ele ressalta que existem tecnologias disponíveis para a retenção de água no solo, como, por exemplo, a rotação de culturas, a correção do perfil do solo com auxilio da gessagem, e a manutenção de cobertura com matéria orgânica através do sistema de plantio direto.

Para o consultor técnico, o perfil de solo é um ponto a ser destacado, já que o sistema radicular das plantas precisa de cálcio para se desenvolver.

Além disso, ele ressalta que poucas tecnologias novas estão previstas para serem lançadas e que mesmo estas precisam de uma mudança de postura por parte dos produtores e engenheiros agrônomos. Medidas já utilizadas, como a rotação de culturas e o plantio direto com matéria orgânica, deveriam ser melhores utilizadas para uma melhoria da qualidade de solo, afirma o especialista.

 

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Por:
João Batista Olivi e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Não consigo imaginar plantio direto sem glifosato.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      2.4-D nao e' glifosato,-----2.4- D alegam que nao e' cancerigeno, desmancha rapidamente no solo portanto nao contamina o lençol freatico. entao acho que vao nos empurrar para esse produto

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Duas pessoas clicaram negativo no meu comentario---Eu peço a elas o FAVOR de me explicarem o motivo, para que eu possa entender o erro que estou cometendo...

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    • Rodrigo Rodrigues Almeida Cachoeira Dourada - GO

      Não há produto que substitui o glifosato! Produto que controla tanto folhas estreitas como folhas largas, certo que há plantas que desenvolveram certa resistência, mas a combinação com outros princípios ativos é que ajudam a melhorar as aplicações.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Rodrigo, agradeço o seu esclarecimento, mas penso que se banirem o glifosato e' porque vao apresentar algo substituindo-o... Eu li a respeito sobre o Rinskor, da Corteva, usado com sucesso no arroz,,,, vamos aguardar, porque nada me parece impossivel.

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    • elcio sakai vianópolis - GO

      Já podem imaginar..., surgirá um novo produto com melhor eficiência, mas com o dobro do custo e que gere muitas riquezas pras suas detentoras. O mercado evolui, e com elas as ganancias e os lobbies políticos caminham juntos. Vai acontecer o mesmo com aquela antiga variedade de soja, já adaptada pra sua região e que tinha ótimas estabilidades produtivas no decorrer dos anos e que foi matada comercialmente, já que estas tinham perdido as patentes, e por isso já não geravam lucros pras suas antigas detentoras.

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