Soja fecha 1ª sessão de 2020 com leves altas em Chicago e boas perspectivas para o mercado brasileiro

Publicado em 02/01/2020 17:21
Luiz Fernando Gutierrez - Consultor da Safras & Mercado
Novo ano traz boas oportunidades para os produtores do Brasil, com apoio do dólar, ao menos neste momento, e preços ainda bastante remuneradores. Atenção ao clima na América do Sul.

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Entrevista com Luiz Fernando Gutierrez - Consultor da Safras & Mercado sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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Os preços da soja terminaram o primeiro pregão de 2020 com tímidas altas na Bolsa de Chicago. Nesta quinta-feira, 2 de janeiro, as cotações subiram pouco mais de 1 ponto, levando o janeiro a US$ 9,44 e o março a US$ 9,56 por bushel. 

O mercado inicia o novo ano com certo otimismo diante das novas notícias sobre as relações entre China e Estados Unidos, principalmente depois que o presidente americano Donald Trump afirmou que o acordo da fase um será assinado em 15 de janeiro. 

No entanto, como explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, a maior dúvida do mercado agora é sobre qual o volume que será comprado de soja pelos chineses no mercado norte-americano. 

"Há muitos volumes sendo especulados, mas há um consenso no mercado na casa das 45 milhões de toneladas", diz. E assim, a partir da assinatura é que o mercado poderá começar a ver a nação asiática voltar, mesmo que parcialmente, às compras da oleaginosa dos EUA. 

Assinado o acordo, o mercado poderia testar novas altas e até mesmo, ainda segundo o analista, buscar retomar o patamar dos US$ 10,00 por bushel na Bolsa de Chicago. 

Embora ainda não esteja no preço, o andamento da safra na América do Sul também é outro fator de atenção para o mercado neste início de 2020. Há sérios problemas, ainda pontuais, em importantes regiões produtoras do Brasil, da Argentina e do Paraguai no radar dos traders. 

Leia mais:

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Ainda como explica Gutierrez, a guerra comercial segue como principal foco do mercado e somente um agravamento dos problemas sul-americanos pode começar a surtir efeitos positivos sobre as cotações. 

NO BRASIL

Para o Brasil, os negócios ainda não foram retomados. O ritmo das operações permanece lento neste início de ano e deve ser retomado somente a partir da próxima semana. 

O dólar deverá ser fator de monitoramento intensivo e também começa o ano em alta, acima dos R$ 4,00.

Soja/Argentina: plantio da safra 2019/20 atinge 84,3% da área prevista

São Paulo, 02/01 - O plantio da safra 2019/20 de soja na Argentina atingiu 84,3% da área prevista, de 17,7 milhões de hectares, um avanço de 5,3 pontos porcentuais ante a semana anterior, disse a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, em relatório semanal.

Há um ano, 89,7% da área estava semeada. Segundo a bolsa, chuvas sobre grande parte da área agrícola nacional melhoraram a oferta de umidade das áreas já plantadas e destravaram a semeadura no centro e sul do país. Contudo, o sudoeste de Buenos Aires continua sofrendo déficit hídrico, com precipitações escassas.

Quanto ao milho, 83,5% da área foi plantada. A bolsa prevê 6,3 milhões de hectares. O avanço ante a semana anterior foi de 8,4 pontos porcentuais, e os trabalhos estavam 0,8 ponto porcentual adiantados em comparação com igual período da temporada anterior. Conforme o boletim, chuvas registradas na última semana melhoraram as reservas hídricas em grande parte das áreas. Entretanto, ainda há na província de Salta necessidade de precipitações para repor a umidade do solo.

No caso do trigo, a colheita atingiu 92,1% da área, avanço de 4,3 pontos porcentuais na comparação semanal. Os trabalhos estão 1,5 ponto porcentual adiantados ante igual período do ciclo anterior. A bolsa manteve a projeção de produção em 18,5 milhões de toneladas. Enquanto nas províncias de Buenos Aires e La Pampa e no sul de Córdoba o rendimento tem vindo abaixo do previsto, no sudeste de Buenos Aires a produtividade segue elevada, segundo a bolsa.

 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
NotíciasAgrícolas/Agencia Estado

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