Brasil segue no páreo em relação às vendas de soja para a China, mesmo após assinatura de acordo entre China e EUA

Publicado em 15/01/2020 17:39
Flávio França Jr. - Chefe do Setor de Grãos da Datagro Consultoria
Soja tem impacto negativo sobre os termos do acordo num primeiro momento, mas com evolução dos negócios as cotações podem buscar os US$10/bushel

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Entrevista com Flávio França Jr. - Chefe do Setor de Grãos da Datagro Consultoria sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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Nesta quarta-feira (15), os Estados Unidos e a China assinaram a "Fase 1" de um robusto acordo comercial entre os dois países. A assinatura gerou grande expectativa do mercado de investimentos, o que por sua vez explica a queda de 12 a 13 pontos nos preços da soja. A frustação é que, após meses de atritos comerciais entre os dois países, com a assinatura a China voltasse a comprar grandes volumesde soja de forma imediata.

No entanto, isso deve ocorrer gradativamente, já que a assinatura da "Fase 1" não prevê o fim das taxas de importações. O texto detalha ainda que "as partes reconhecem que as compras serão feitas a preços baseados nas condições de mercado e considerações comerciais, particularmente no caso de produtos agrícolas, podem determinar o momento das compras dentro de um determinado ano". 

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O documento dá conta ainda de que as compras da China incluem cereais, oleaginosas, carnes algodão e frutos do mar, porém, sem determinações de volume ou receita para cada grupo de produtos. E assim, a falta de um detalhamento para a soja acabou exercendo alguma pressão sobre as cotações. 

"Se criou um sentimento no mercado de que a China, depois disso, entraria limpando os estoques americanos, e isso não vai acontecer", diz o chefe do setor de grãos da Datagro, Flávio França. 

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Apesar da queda vista hoje, os preços devem se estabilizar  e voltar a ter ganhos, conforme a China for comprando soja americana. Este ano a China já comprou 11.2 milhões de toneladas de soja dos EUA e há espaço para mais compras. Mesmo assim, a competitividade da soja brasileira deve se manter, já que a safra americana sofreu com perdas exressivas devido ao clima problemático no país em 2019. Sendo assim, a soja brasileira deve se manter competitiva, com a China mantendoparte de sua demanda na América do Sul

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Por:
Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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