Com volume inferior a 10 mi/t de soja disponível para venda, oferta some do mercado mesmo com indústrias pagando até R$135 /sc

Publicado em 19/08/2020 17:37 e atualizado em 19/08/2020 18:14
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting
Negócios com a soja em Chicago travam, a espera de mais informações sobre as perdas em Iowa

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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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"Em tudo o que é lugar tem comprador, todo mundo querendo soja", diz Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (19) sobre a disputa do pouco produto ainda disponível e que vem sendo disputado entre indústria e exportação. 

Afinal, os vendedores estão bastante retraídos e poucos novos negócios estão senod firmados com o que resta da safra 2019/20. "Há vendedores deixando para voltar a vender me janeiro", diz Brandalizze. 

Com a disputa se intensificando, já há indicativos nas indústrias do Sul do Brasil em R$ 135,00 por saca. E nos portos, as referências nesta quarta ficaram entre R$ 129,00 e R$ 132,00 por saca, já que nos terminais também não aparecem ofertas. Os preços estão nos seus recordes históricos e os renovam quase que diariamente. 

Na safra nova, o ritmo dos negócios também diminuiu bastante como o elevado percentual de comercialização. Sâo mais de 50% da safra 2020/21 já comprometidos em Mato Grosso, 45% ao se observar o Brasil, e agora os produtores estão focados no clima e no início do plantio. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja encerraram o dia com estabilidade e assim trabalharam durante todo o pregão. O mercado encerrou o dia com altas de 0,25 a 0,50 ponto de alta nos principais vencimentos. Assim, o setembro fechou com US$ 9,12 e o novembro, US$ 9,14 por bushel. No março/2 são US$ 9,21. 

Ainda segundo Brandalizze, o mercado espera pelo posicionamento do Crop Tour ProFarmer, que está em andamento nos EUA e é um dos mais tradicionais do país. Os participantes chegaram ao estado de Iowa nesta quarta. 

 Os primeiros relatos já começam a mostrar as perdas causadas pela tempestade 'derecho' da semana passada, mas ainda sendo contabilizadas. 

"Todos sofreram com danos causados pelos ventos fortes, mas nem todas as plantas de milho estão quebradas. Mesmo que a planta esteja bastante inclinada, ela ainda pode ser colhida, desde que não sofra mais danos. Devemos ver produtividades variadas", relata a especialista Karen Braun.

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Da mesma forma, os traders também acompanham o comportamento da demanda. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou uma nova compra de soja da China nesta quarta-feira (18) de 192 mil toneladas da safra 2020/21. "No total acumulado de duas semanas, sendo grande parte para a China, o USDA reportou mais de 2,960 milhões de toneladas de soja", informam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities. 

A necessidade da China fala mais alto. Com a falta de produto no Brasil, a nação asiática vê a oleaginosa norte-americana como sua única alternativa diante da demanda crescente e mesmo diante das tensões entre os dois países muito acirradas. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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