Soja sobe mais de 30 pts em Chicago nesta 4ª com financeiro menos arisco e foco nas perdas da AMS
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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja
O mercado da soja voltou a subir nesta quarta-feira (26) na Bolsa de Chicago e encerrou o dia com altas de mais de 30 pontos nas posições mais negociadas, se acomodando em patamares bem acima dos US$ 14,00 por bushel. O março ficou nos US$ 14,40, enquanto o julho foi a US$ 14,50 por bushel no fechamento do pregão.
Como explicou Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro, notícias melhores vindas das relações entre Rússia e Ucrânia - que deixaram o financeiro menos arisco - as perdas da América do Sul e uma manutenção da taxa de juros nos EUA anunciada pelo Federal Reserve - o que manteve os fundos ainda com posições importantes entre as commodities agrícolas - foram fatores que se alinharam e serviram como combustível para os ganhos na CBOT.
Sousa afirma também que os traders seguirão muito atentos à conclusão da safra sul-americana, em especial do Rio Grande do Sul - que ainda é uma grande incógnita - e qual será o real tamanho das perdas. A avaliação do especialista é de uma safra, até agora, de 134 milhões de toneladas.
No paralelo, o mercado também se atenta à necesssidade que haverá desta oferta de soja que não chegará da América do Sul de ser compensada por produto norte-americano, o que pode ser mais um fator de alta para as cotações da oleaginosa em Chicago.
"Os preços são voláteis e vão continuar voláteis (...) O mercado tem que entender que todo grão que deixar de ser embarcado pelo Brasil por conta da quebra terá que ser suprido pelos americanos, e isso é positivo para o mercado", diz.
O analista explica ainda que diante do atual quadro, no Brasil, os prêmios também seguem registrando boas altas - com destaque para a referência abril que somente de terça para quarta-feira teve uma alta de 16 cents, passando de 64 para 80 centavos de dólar por bushel sobre Chicago - diante desse temor sobre a escassez da oleaginosa.
"Não há aquela quantidade de soja que estava no programa. Muitas empresas que tinham vendido soja para janeiro e fevereiro estão correndo atrás do mercado e o produtor, por sua vez, não está vendendo. Aqui acontece isso e, nos EUA, o americano cruza os braços para esperar o que vai acontecer", explica Ginaldo Sousa.
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