Queda atual nos preços do açúcar nas bolsas externas não significa reversão de tendência, diz analista
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Entrevista com Lígia Heise - Consultora Sênior em Gerenciamento de Risco da StoneX sobre o Mercado do Açúcar e Etanol
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As bolsas externas do açúcar perderam patamares importantes nesta terça-feira (09) acompanhando o dólar no Brasil e movimentos dos fundos. O tipo bruto ficou abaixo dos US$ 16 c/lb na Bolsa de Nova York e o branco no terminal europeu foi para os US$ 450 a tonelada. No entanto, esse cenário não significa uma reversão de tendência para os preços.
"A gente enxerga que o espaço pra essas quedas seja limitado a partir de agora porque os fundamentos ainda são construtivos", afirma Lígia Heise, consultora sênior em gerenciamento de risco da StoneX. "O que aconteceu é que o açúcar subiu muito e muito rápido e é natural uma devolução de parte desses ganhos", complementa.
Nos fundamentos, o mercado segue atento para as novidades da oferta e demanda. O Brasil inicia oficialmente sua safra 2021/21 neste próximo mês de abril, mas algumas usinas podem antecipar os trabalhos por conta do cenário de preços do etanol.
"Estamos vendo um movimento dispare entre as usinas no início da safra, focado de acordo com a região e com a situação da usina e o volume de chuvas para a cana. De um modo geral, nós entendemos que ainda tem mais unidades que vão atrasar o início da safra do que adiantar por causa da seca que impactou o desenvolvimento da cana", pontua Ligia.
Apesar de um aumento da oferta de etanol com o início da nova safra, os preços no Brasil ao consumidor ainda podem levar algum tempo para cair. “A gente não consegue falar de teto do etanol enquanto a gasolina continuar subindo”, reforça a analista em referência ao novo aumento da Petrobras nos preços nas refinarias do diesel e gasolina.
Dessa forma, Ligia vê que ainda há um espaço para a gasolina subir nas bombas, impactando também o etanol.
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