Mercado de Café: Londres cede e Nova Iorque nutria esperança (?)

Publicado em 31/03/2013 16:58 e atualizado em 06/06/2013 16:24
Por Rodrigo Corrêa da Costa, que escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
Tudo “tranquilo” na ilha de Chipre, não houve correria aos bancos. Panicos Demitriades (nome interessante para o momento), presidente do banco central do país, ganhou poder do parlamento para impor o que fosse preciso para evitar desordem. Entre as medidas está o limite diário de saque de 300 euros por pessoa, e transferências para outros países – entretanto mudanças são esperadas em algumas semanas.
 
Nos Estados Unidos os dados de pedidos de bens duráveis de fevereiro e do aumento de preços de imóveis ajudaram o S&P a ter seu maior fechamento já registrado (a maior alta por ora está intacta = 1576.09).
 
Os principais índices de bolsas europeus cederam na semana, enquanto nas américas subiram. Entre as commodities viu-se alta no complexo de energia, e baixa dos grãos e açúcar.
 
O café em Nova Iorque conseguiu fechar com ganho de US$ 2.45 por saca, mesmo com Londres perdendo US$ 5.28 por saca.
 
A queda do robusta se deve a melhora do prognóstico de chuvas no Vietnã. O movimento pode ficar ainda mais fraco dada a posição comprada de fundos que está muito próximo do recorde, e da figura técnica que aponta para uma correção mais acentuada.
 
O arábica não deve ficar ileso, e pode voltar a afundar, principalmente depois de tantas notícias que falavam de alguma ajuda do governo brasileiro aos produtores, e que se traduziram basicamente em escalonar (prorrogar) o vencimento das dívidas.
 
No mercado físico o fluxo foi lento na principal origem, aparentemente em função dos produtores estarem aguardando o posicionamento do Conselho Monetário Nacional (CMN). O órgão diz que o aumento do preço mínimo continua a ser estudado, resposta que não deve agradar a alguns altistas que eventualmente tenham comprado o mercado esperando algo mais animador (alguém fez isto?).
 
Diferenciais em geral andaram de lado, se mantendo menos atrativos do que se espera para os embarques no primeiro semestre, e mais largos para a segunda metade do ano. A indústria não parece estar atrasada em sua reposição para o curto, e com os preços do terminal frágeis não há porque mudar de atitude.
 
A proximidade do começo da colheita do conilon no Brasil, o enfraquecimento do Real, e o mercado Londrino perdendo força devem levar o contrato “C” a novas mínimas.
 
Apertem os cintos!
 
Boa Páscoa, uma ótima semana e muito bons negócios a todos.
 
Rodrigo Costa* 
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Fonte:
Archer Consulting

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