Café por Escritório Carvalhaes: Financeiro turbulento dá um tombo nos preços em Nova York

Publicado em 13/01/2012 16:39
A divulgação no decorrer desta semana dos embarques brasileiros de café em 2011 e da primeira estimativa da safra brasileira de café 2012 acordou o mercado de café depois da calmaria de final de ano.

As exportações brasileiras de café em 2011 foram recorde histórico em volume e receita cambial. O volume exportado, 33 455 683 sacas, apresentou um crescimento de 1,3% em relação a 2010 e atingiu a receita de US$ 8, 706 bilhões, um recorde em dólares nominais. Esta receita representa 9,2% das exportações do agronegócio brasileiro, e 3,4% do total arrecadado pelo Brasil com exportações em 2011. O porto de Santos respondeu por 77,2% dos embarques. (mais informações em nosso site).

No dia 11 o governo divulgou a primeira estimativa da próxima safra brasileira de café. De acordo com o levantamento a produção deverá ficar entre 48,97 milhões e 52,27 milhões de sacas de 60 kgs (veja o trabalho completo da CONAB em nosso site), estabelecendo um novo recorde histórico de produção de café pelo Brasil.

O que deixou o mercado inquieto foi que apesar dos recordes históricos de embarque e produção, os estoques, tanto nos países produtores como nos consumidores, continuarão perigosamente baixos, não sendo possível enxergar quantos anos serão necessários para que voltem a um nível mais confortável. Dentro da bianualidade da produção brasileira, em 2013 teremos uma safra de ciclo baixo. Para atender as necessidades atuais de embarque e consumo interno, sem levar em consideração a formação de um estoque de segurança e o crescimento anual do consumo mundial de café, o Brasil necessita de safras médias de 54 milhões de sacas.

É compreensível o nervosismo dos operadores. O quadro acima e a crise na zona do euro explicam a forte volatilidade das cotações do café nas bolsas de futuro.

Os contratos de café na ICE futures US trabalharam em alta esta semana. Hoje, no período da tarde, circulou a informação que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s iria anunciar, às 18,00 horas, o rebaixamento de rating de vários países da zona do euro. A informação derrubou os mercados ao redor do mundo e as cotações do café em Nova Iorque fecharam em forte baixa.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de dezembro foram embarcadas 2.958.813 de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 14% (465.975 sacas) menos que no mesmo mês de 2010 e também 3% (82.181 sacas) menos que no último mês de novembro. Foram 2.489.121 sacas de café arábica e 74.635 sacas de café conillon, totalizando 2.563.756 sacas de café verde, que somadas a 389.026 sacas de solúvel e 6.031 sacas de torrado, totalizaram 2.958.813 sacas de café embarcadas.

Até o dia 12, os embarques de janeiro estavam em 369.113 sacas de café arábica, 11.800 sacas de café conillon, somando 380.913 sacas de café verde, mais 26.693 sacas de solúvel, contra 472.498 sacas no mesmo dia de dezembro. Até o dia 12, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em janeiro totalizavam 764.834 sacas, contra 938.440 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 6, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 13, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 350 pontos ou US$ 4,62 (R$ 8,28) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 6 a R$ 543,84/saca e hoje, dia 13, a R$ 534,24/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 865 pontos.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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