Café: Contratos na bolsa de NY fecham semana com balanço positivo

Publicado em 22/02/2013 18:40
Depois de quatro semanas em baixa, os contratos de café na ICE Futures US fecharam esta semana com um balanço positivo. O término, ontem, da rolagem para maio, dos contratos com vencimento em março próximo, diminuiu a pressão sobre as cotações em Nova Iorque e o mercado mostrou-se um pouco mais leve.

O físico brasileiro apresentou-se mais interessado e comprador, mas as bases oferecidas, abaixo das da semana passada, dificultou bastante o fechamento de negócios. Os cafeicultores mostram-se desanimados com seu negócio e muitos já estão com dificuldades financeiras para manter os tratos ideais em suas lavouras.

A produção brasileira de café vem crescendo com fortes investimentos em tecnologia para melhorar a qualidade e aumentar a produtividade por hectare plantado. Os resultados são bons, mas o crescimento do investimento por hectare e também dos custos trabalhistas e ambientais, não permitem uma cafeicultura rentável no patamar de preços praticados atualmente.

Os operadores no mercado internacional não acreditam na estimativa oficial brasileira de produção de café. Estão convencidos de que existe café arábica suficiente no Brasil para suprir as necessidades de consumo e que em certa hora o cafeicultor brasileiro vai ser obrigado a entregar sua produção. Este cenário dificulta uma reação consistente dos preços.

É necessária uma ação do governo brasileiro e das lideranças da cafeicultura para dar
transparência e credibilidade aos números levantados pela CONAB e sustentação aos preços do café.

Esta semana o Conselho Nacional do Café solicitou mais uma vez ao Governo Federal medidas emergenciais para recuperação de preços e geração de renda ao cafeicultor brasileiro. Foram sugeridas várias medidas emergenciais, entre elas um programa de opções.

Até o dia 21 os embarques de fevereiro estavam em 1.118.207 sacas de café arábica e 9.235 sacas de café conillon, somando 1.127.442 sacas de café verde, mais 70.159 sacas de café solúvel, contra 1.047.657 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o dia 21, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 1.675.938 sacas, contra 1.730.766 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 15, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 22, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 360 pontos ou US$ 4.77 (R$ 9,41) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 15 a R$ 364,79/saca e hoje, dia 22 a R$ 375,11/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 205 pontos. No mercado estável de hoje, são as seguintes cotações por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém:

R$320/325,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$320/325,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$310/320,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$295/305,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$290/300,00 - RIADOS.
R$280/290,00 - RIO.
R$280/290,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$270/280,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

            DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 1,9720 PARA COMPRA.
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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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2 comentários

  • Renato Alex Ribeiro Santa Rita do Sapucaí - MG

    sos p/café brasileiro,pois o governo preucupa-se tanto com industrias envestimentos para gerar mão de obras, e está se esquecendo da agricultura onde gera muitos serviços tem muitos produtores já desistindo do café será que caberá tanta gente que ainda vive da agricultura na cidades vamos lá governantes ajudar o produtores pois está difissil manter a lavoura.

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  • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

    Na década de 50 começo da de 60, não se adubava o café e se colhia pouco, as fazendas tinham muitas famílias moradoras que cuidavam da lavoura. Os preços, retroagindo, acho que uma saca valia mil reais ou mais. Meu sogro colhia umas duzentas ou trezentas sacas, sustentava onze famílias na fazenda, ainda comprou uma casa pagando a vista, na época 50.000 cruzeiros...Veio a tecnologia, invadindo o campo com fertilizantes, maquinários restringindo a mão de obra, agrônomos se formando, reformulando toda maneira de trato com a terra, a mídia etc e tal...Resultado: O êxodo rural com as famílias se mudando pras capitais em busca de seu sustento...Hoje temos as propriedades cheias de maquinários e vazias de gente e o pior, com os preços lá em baixo...Hoje se trabalha para pagar as dívidas, na melhor das hipóteses...Na cafeicultura, uma nova classe de produtors rurais foi criada e o nome mais adequado pra ela seria "Os escravos da tecnologia"...

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