Café: Mercado apresentou-se mais firme e com preços no mercado físico em evolução

Publicado em 11/08/2017 16:08 e atualizado em 11/08/2017 19:14
O mercado de café apresentou-se mais firme e com os preços no mercado físico em evolução até a quarta-feira. Ontem, quinta-feira, a disputa em torno do vencimento do mercado de opções em Nova Iorque derrubou as cotações na ICE e os contratos com vencimento em setembro próximo caiu 415 pontos. Ajudou a queda a tensão causada pela Coreia do Norte que levou as bolsas globais a trabalharem esta semana em baixa.

Hoje, último dia útil da semana, os contratos de café retomaram o viés de alta que predominou nas últimas semanas. Os com vencimento em setembro fecharam hoje com 180 pontos de alta e, apesar dos 415 pontos de baixa ontem, o balanço da semana acumulou alta de 15 pontos.

No mercado físico brasileiro, apesar de lentos e com volume baixo para esta época do ano, os negócios fluíram melhor até a quarta-feira. Houve muita disposição de compra e o volume de negócios fechados só não foi maior devido ao pouco interesse dos cafeicultores em vender nas bases oferecidas pelos compradores.

Os produtores continuam com a atenção voltada para os trabalhos de colheita, já próximos dos 80%, que avançam bem com o tempo seco. Consideram que a quebra maior da safra 2017, de ciclo baixo, está confirmada, e claramente não querem vender sua produção nas bases oferecidas pelos compradores. Aparentemente a quantidade de cafés de boa qualidade a finos foi a que mais caiu.

As 1 515 211 sacas de café verde embarcadas pelo Brasil no mês de julho é o menor volume para um mês de julho desde 2006 e confirma a pouca oferta de café no mercado interno brasileiro.

As indústrias de café solúvel se mobilizam cada vez mais em estratégias junto ao Governo Federal para priorizar negociações e acordos tarifários com países que aplicam altas tarifas para importar o produto nacional.

Comercializando café solúvel com mais de 120 países, o setor, no Brasil, sofre com tarifas de importação aplicadas ao produto nacional tendo, em pelo menos 75% desses destinos, taxas que variam de 5% a 40% (fonte: ABICS). Esses impostos tiram a competitividade do solúvel brasileiro e não o preço pago aos produtores de conilon no Brasil.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de julho foram embarcadas 1 751 804 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 11 % (215 524 sacas) menos que no mesmo mês de 2016 e 19 % (401 438 sacas) menos que no último mês de junho. Foram 1 498 865 sacas de café arábica e 16 346 sacas de café conilon, totalizando 1 515 211 sacas de café verde, que somadas a 235 674 sacas de solúvel e 919 sacas de torrado, totalizaram 1 751 804 sacas de café embarcadas.

Até dia 10, os embarques de agosto estavam em 396 767 sacas de café arábica, mais 33 971 sacas de café solúvel, totalizando 430 738 sacas embarcadas, contra 638 893 sacas no mesmo dia de julho. Até o mesmo dia 10, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 823 731 sacas, contra 935 600 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 4, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 11, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 15 pontos ou US$ 0,20 (R$ 0,63) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 4 a R$ 579,53 por saca, e hoje dia 11, a R$ 587,02 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 180 pontos.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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