Análise de mercado do feijão
FEIJÃO CARIOCA - Na última sexta-feira, o clima correu bem nas zonas de produção aonde ainda persistem os trabalhos de colheita no Paraná, Minas e Goiás. Também iniciou-se a colheita de Santa Catarina que será concentrada em Campos Novos e não deve contribuir de maneira alguma para arrefecer o mercado. A disposição dos compradores de pagar mais somente será generalizada se for possível repassar ao supermercado. É oportuno lembrar que os supermercados vivem como toda empresa, de alcançar metas de faturamento, além de lucro líquido, portanto, hoje interessa a todos uma alta dos preços de feijão desde que atinja a todo o mercado. O interesse do empacotador é o mesmo. Feijão a preço baixo do mínimo não interessa, pois gera muito trabalho e pouco faturamento e, consequentemente, propicia a entrada de marcas que atuam somente na safra. Os preços de sexta-feira consolidaram alta de R$ 10 por saco no Paraná em uma semana. Pagou-se por feijão nota 7 entre R$ 55 e R$ 70 com poucos vendedores no centro-oeste para feijão nota 9. Há expectativa sobre o comportamento do mercado durante esta semana, uma vez que, agora sim, após o feriado, todas as empresas voltaram ao trabalho. As aulas já iniciaram e a vida no Brasil tende a voltar ao normal. Novas altas dependem muito mais do comportamento dos produtores do que do varejo, a não ser que o mercado mude de patamar.
FEIJÃO PRETO - Os cerealistas da região produtora tem grande dificuldade em formar lotes. Os produtores até sexta-feira estavam decididos a esperar um pouco mais por melhores preços. O mercado já apresentou, na semana passada, alta de R$ 5 por saco. Pagou-se até R$ 65 ao produtor no Paraná. Para produto colhido em Santa Catarina paga-se R$ 60/62 pela diferença de frete na venda em sacos para estados do sudeste. Em São Paulo foram poucas as ofertas de feijão preto na semana passada, chegando a ser vendido por até R$ 80 a mercadoria de boa qualidade de peneira 11 acima, maquinado, polido e com prazo de 21 dias.
FIQUE DE OLHO - Como os produtores plantaram sob a promessa de preço mínimo R$ 80 e a lei determina que o Governo Federal compre a totalidade da produção muitos produtores estão buscando via ação jurídica o ressarcimento da diferença de valor de venda para o mercado e o preço mínimo. Por exemplo, se o produtor colheu 1.000 sacas ele consegue quando muito entregar 250 sacos no AGF por R$ 80 e coloca no mercado o restante por R$ 50, por exemplo. Neste caso é direito do produtor pleitear R$ 22.500,00. Isto mesmo! se você deseja maiores informações entre em contato com o IBRAFE - Instituto Brasileiro do Feijão através do e-mail [email protected].