Análise de mercado do feijão
FEIJÃO CARIOCA - O mercado vai se acostumando com a rápida valorização dos últimos dias. A exemplo do que normalmente acontece com forte altas, como a dos últimos 10 dias, provavelmente teremos momentos de maior e menor pressão porém, até o momento, não é possível vislumbrar uma reacomodação negativa dos preços. Devemos sempre lembrar que o mercado continua carente de feijão de boa qualidade. Para feijão nota 7, há oferta abundante em todas as regiões. Seja no Centro-Oeste ou no Sul, existem pilhas e pilhas de feijão comercial. Normalmente este produto ajuda a atender a demanda de cestas básicas, cozinhas industriais e marcas que decidem atender com uma cor inferior o varejo. Ontem, em Santa Catarina alguns poucos lotes de Rubi e Pérola foram comercializados por R$ 80, porém, raros são os lotes íntegros que não tem manchas ou outros defeitos em decorrência de doenças desenvolvidas com excesso de umidade. Em Minas, os produtores de Unaí e Paracatu - que por ventura tem feijão nota 9 - chegam a pedir e vender uma ou outra carga por até R$ 95 com pedida de R$ 100 dos vendedores. Para estas regiões de produção pouco importa o que ocorre em São Paulo. O que pode influenciar mesmo é a presença de compradores. Da Bahia vão se confirmando perdas em Vitória da Conquista, por exemplo. Aquela região assim como todo Nordeste busca abastecimento no Centro-oeste e Sudeste. Hoje pela manhã, em São Paulo, uma carreta por R$ 100. O que restou é feijão comercial escuro e/ou com defeitos.
FEIJÃO PRETO - Com compradores de todas as regiões assediando a área de produção, ontem foi dia de buscar ofertas e poucos negócios. R$ 85 já é corriqueiro e se a mercadoria é boa mesmo, parelha e sem defeitos o produtor espera, pois sabe que tem uma raridade em mãos. Nas fontes o valor já passa de R$ 75.
FIQUE DE OLHO: Novamente haverá leilão de feijão de particulares no Paraná. Está confirmada a venda de novos lotes a partir das 9h desta quinta-feira.