Soja encerra em alta na CBOT nesta quarta-feira impulsionada pelo milho, trigo e algodão

Publicado em 16/09/2010 07:13
Formidáveis preços futuros de milho, trigo e algodão ensejam alta das cotações futuras de soja, em Chicago.
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Nesta quarta-feira, quinze de setembro de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com ganhos moderados, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. Estima-se que nesta data os fundos de especulação tenham comprado cerca de 4.000 lotes futuros (544.000 toneladas) de soja, no pregão futuro da oleaginosa, em Chicago.

Diversos fatores foram apontados nesta data como responsáveis pelos ganhos futuros da soja nesta data, em Chicago. O mais importante de tais fatores, na opinião do SojaNet corresponde à recente e notável valorização de outras commodities agrícolas que competem com a soja em termos de área a ser semeada, nos EUA. Os preços futuros do milho na referida bolsa de Chicago atingiram o seu mais alto nível dos últimos vinte e três meses devido a crescentes expectativas de taxas decepcionantes de produtividade. No mês de agosto os preços futuros de milho relativos ao vencimento Dezembro/2010 subiram 16 %, enquanto as cotações futuras de soja referentes ao vencimento Novembro/2010 cederam 0,1 %.

O analista Sid Love da firma norte-americana Kropf & Love Consulting afirmou o seguinte: "as cotações (futuras) de soja necessitam subir para manter a competitividade da sojicultura na disputa por áreas de plantio (perante outras culturas, tais como o milho, o trigo e o algodão, nos EUA)". Disse ainda que "os preços do milho subiram com um foguete, o algodão atingiu seu mais alto preço em quinze anos nesta quarta-feira e o trigo chegou perto de seu mais alto preço dos últimos dois anos, em agosto passado". Ele ainda acrescentou que "se o preço (futuro) do milho está em alta, isto não significa que as cotações (futuras) de soja entrarão em queda".

Na prática, o que Sid Love disse funciona da seguinte forma: (a) se nos EUA o preço da soja não subir ou subir muito pouco, os produtores tenderão a semear menos dessa oleaginosa, desta forma reduzindo a oferta norte-americana de soja; e (b) se cair a oferta da soja, os seus preços tenderão a subir (talvez subir bastante, ou muito) posto que é intensa a demanda atual (e também a demanda futura projetada) da oleaginosa.

Ora, seguindo esse raciocínio, os especuladores não deverão esperar que o plantio de soja nos EUA venha a ser reduzido. Fiéis à sua psicologia de atirar primeiro e perguntar depois, os especuladores começarão imediatamente a comprar soja futura. É isso o que de fato está provocando a valorização da soja futura e não apenas qualquer indicador ou percentual, vinculado aos fundamentos de mercado da oleaginosa.

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Fonte:
SojaNet

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