Soja começa a semana fechando a segunda-feira no azul em Chicago. Altas de dois dígitos

Publicado em 21/09/2010 07:12
Pelo segundo pregão futuro consecutivo as cotações futuras de soja em Chicago surpreendem os participantes do mercado da oleaginosa com ganhos notáveis.
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Comentário:

Nesta segunda-feira, vinte de setembro de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com ganhos notáveis, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. Estima-se que os fundos de especulação tenham comprado entre 6.000 e 7.000 lotes futuros (correspondendo a algo entre 816.000 e 952.000 toneladas) de soja, no pregão futuro da oleaginosa, em Chicago. Distintos fatores altistas convergiram nesta data, criando condições propícias à continuação de tendência de alta das cotações futuras da oleaginosa, em Chicago.

Tais cotações futuras de soja atingiram o seu mais alto nível em quase doze meses devido em grande parte aos seguintes fatores:

• Novamente o rally de alta da soja em Chicago e especificamente das cotações pertinentes ao seu vencimento futuro Novembro/2010 foi justificado por traders como decorrente da necessidade de as cotações  futuras da oleaginosa acompanharem o ritmo dos avanços dos preços futuros do milho e do algodão, naquela praça internacional, visando não perder para outras commodities agricolas parte de suas áreas de plantio (plantio de soja), a ocorrer na próxima primavera do Hemisfério Norte. O plantio de soja lá - no ano que vem - deverá ocorrer quando estivermos colhendo soja aqui;

• A grosso modo, vêm oscilando em torno da média de 2,3 as recentes razões (relações de preços) determinadas pela clássica divisão das cotações futuras de Soja/Novembro pelos preços futuros de Milho/Dezembro. Essa média fornece uma referência pertinente ao potencial de alta do primeiro vencimento futuro da oleaginosa, a partir do valor do primeiro vencimento do futuro do milho (fonte: Vardon Report, publicado antes da abertura dos pregões futuros em Chicago, em 20/09/2010);

• Traders afirmaram ter sido a soja beneficiada por operadores que efetuaram operações de spread: compras de soja futura versus vendas de milho futuro;

• As cotações futuras de soja em Chicago receberam ainda importante suporte vinculado aos seguintes itens:

a. A previsão de clima seco para o Norte de Mato Grosso, durante os próximos dez dias, conforme a firma norte-americana de meteorologia Cropcast Weather Services;

b. A geada prejudicial à importante safra canadense de canola (cujo óleo compete com o óleo de soja) ocorrida na semana passada, na província canadense de Alberta;

c. O perigo de geada no Nordeste da China (na província de Heilongjiang);

d. O anúncio pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) nesta segunda-feira de que foi efetuada a venda de 225.000 toneladas de soja norte-americana para a China;

e. Ainda nesta data, a valorização da soja foi também motivada pela expressiva alta dos preços futuros de petróleo em Nova Iorque. Vide no gráfico abaixo: parece ter sido formada uma "chave de reversão", indicando a possibilidade de ganhos adicionais daquela commodity futura (que por vezes influencia a soja futura), no curto prazo;

f. Outros fatores positivos: o USDA anunciou a venda de 165.000 toneladas de milho norte americano para a Coréia e outra venda de 110.000 toneladas de milho dos EUA com cláusula de destino a ser informado (essas notícias influem de forma positiva diretamente sobre os preços futuros de milho e indiretamente sobre as cotações futuras de soja, em Chicago); o Dólar dos EUA desvalorizou-se perante o Euro e outras moedas; as ações de capital subiram bastante nas bolsas de valores norte-americanas;

O SojaNet acredita ter chegado a hora - para aqueles produtores que ainda não o fizeram - de considerar seriamente a possibilidade de começar desde já (ou de continuar) a vender com firmeza de intenção parte do total de soja de nossa safra 2010/2011 que estão a plantar ou que esperam começar a plantar, nos próximos dias ou semanas (dependendo da localização geográfica de cada um).

Conforme o USDA, nesta data, os produtores norte-americanos já haviam colhido até dezenove de setembro corrente cerca de 8 % de sua safra 2010/2011 de soja, em contrapartida à média de 6 %, até esta mesma época, na média dos cinco últimos anos-safra.

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Fonte:
SojaNet

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