Soja: Perspectivas de preços elevados no médio/longo prazo

Publicado em 04/05/2012 13:29
Por Liones Severo
Brasil tem exportações recordes de soja no período de fevereiro a abril, com 13.718 milhões de toneladas, ou 47% acima do ano anterior para o mesmo período, das quais 75% foram destinadas à China.
 
Embora estejamos focados nas exportações de soja in natura, extremamente demandada pela China, ainda há de se considerar que com as perdas da soja sulamericana, resultará em estupendo déficit de farelo de soja para o suprimento global, do qual Argentina e Brasil, são respectivamente o 1o. e 2o. supridores do mercado mundial.
 
O déficit de farelo de soja deverá sustentar os preços da soja, mesmo com a entrada da safra nova americana, cujas vendas já estão cerca de 300% acima do ano passado, no mesmo período do ano passado.
 
O farelo de soja é o principal formador do preço da soja, contribui com cerca de 80% do valor da soja. Cenário semelhante aconteceu no ano de 1973, cuja escassez de farelo levou o preço recorde de US$ 540,00 por tonelada, quando a soja naquele momento apenas atingiu o valor de
US$ 440,00 por tonelada. Surpreendente, o preço do farelo de soja ter superado o valor de seu principal. Embora não considere que possamos presenciar a mesma relação, ainda assim, poderá haver um choque de demanda por farelo de soja, com a consequente manutenção de elevados
para a soja.
 
O farelo de soja é a principal proteína em escala para a produção de rações, praticamente sem substitutos como insumo na produção de rações para manutenção de rebanhos e alojamentos de aves. Sua performance de comercialização é diferente da soja, porque sendo um produto elaborado com utlilização imediata, não forma estoques e sua escassez tem se caracterizado por impactos imediatos nos preços. Seu estupendo desempenho no ano de 1973, deveu-se à falta de proteína de peixe, principal da época, num evento da El ñino, que afastou os cardumes de anchovas das costas peruanas, o maior fornecedor de farinha de peixe.
 
Essas perspectivas fazem referência até a próxima safra de soja sulamericana.
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Fonte:
Liones Severo

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1 comentário

  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    A China compra a soja mas o resto mundo compra farelo. Daqui em diante o farelo é o carro-chefe. abraços

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