O agronegócio, os conflitos agrários, a política agrícola e as emergenciais, por Valdir Fries
O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO vive um período truculento, de um lado vimos produtores rurais enfrentando diversos conflitos agrários, provocado pelos MSTs, e também pela FUNAI, com suas questões indigenistas que atormentam o meio rural.
A POLITICA AGRÍCOLA hoje existente, proclamada ano a ano, é aplaudida pela maioria das lideranças politicas do meio rural a cada “lançamento anual”, que na verdade não passa de um plano de politicagem de governo. Sendo assim, o campo que produz continua sem uma POLITICA AGROPECUÁRIA SÉRIA, que definam os benefícios e as garantias da produção…o governo fica alheio às garantias minimas da produção, e o produtor que permanece na atividade fica a merce do mercado.
Na questão agrária, as politicas de “coalizão partidária” comprometem os propósitos e os projetos das lideranças da frente parlamentar, chega-se ao ponto do Presidente da Frente Parlamentar afirmar que “Não dá mais para esperar” … Já a Presidente da CNA segue a denuncia de que “Vocês vão assumir as responsabilidades das mortes que vierem do campo”…Quem ??? Se ela também faz parte da base aliada do governo.
No “campo que produz” propriedades rurais continuam sendo invadidas, famílias sendo agredidas e despejadas…sem direito de propriedade.
Na “praça dos três poderes” ao tempo que “não da mais para esperar” nossas lideranças politicas, que representam o AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, continuam a “assumir as responsabilidades” de apoio politico partidário para compor as alianças das próximas eleições…o PSD de Katia Abreu já fez isso nesta semana, na presença da Presidete DILMA ROUSSEFF.
Enquanto isso as ocorrências de invasões e “as mortes que vierem do campo” ficam a serviço da Procuradoria Geral da União que vai garantir serviço nas atividades processuais para o Poder Judiciário…fazer “justiça”… Resta aos produtores rurais esperar…que JUSTIÇA SEJA FEITA.
Na área da CIÊNCIA e TECNOLOGIA, o governo que ai esta, conseguiu sucatear o setor de PESQUISA PUBLICA, na área de extensão rural o atual governo promete, mas não consegue reestruturar o Sistema Nacional de Assistência Técnica Rural…
Neste período truculento que vive o AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, podemos observar através do SITE NOTICIAS AGRÍCOLAS e do RURAL BR, em EVENTOS DISTINTOS DO AGRONEGÓCIO, primeiro em Maringá…ROBERTO RODRIGUES, ex- ministro que “ aproveitou para reclamar do tamanho dos desafios para o campo. Além dos conhecidos problemas de infraestrutura e logística, a política de crédito rural é arcaica e falta, ainda, um seguro da produção. Mesmo com seu grande potencial para exportar, o Brasil não conta com uma política comercial mais agressiva. Da mesma forma, segundo ele, é preciso valorizar mais os centros de pesquisa.” …Enquanto lá esteve como ministro pouco fez para mudar esta situação.
Seguindo os eventos, em Foz do Iguaçu, o ex-ministro Reinhold Stephanes (tão embora tenha realizado um bom trabalho diante dos debates do código florestal na época), em intervenção feita a palestrante no dia 21 em Foz, salientou a falta de autonomia do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA nas definições politicas para o setor, e pior, contestou a forma de nomeação de Ministros, o que poderíamos definir em nosso artigo, como LOTEAMENTO PARTIDÁRIO DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS…porém quando nomeado a Ministro, Sthefanes aceitou o posto pelo Sistema de Cotas Ministeriais distribuída aos Partidos Políticos que aderiram as COALIZÕES PARTIDÁRIAS de apoio a base do governo, sem nada contestar na época…Agora denuncia que “ex ministros” não tiveram afinidade com os postos, e assumem o mando por força politica partidária, e não pela capacidade de cada um para resolver os problemas do agronegócio.
O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO sobrevive mas já não acredita nos que assumem por força politica partidária, sem capacidade de promover as mudanças necessárias que tanto o setor almeja.
O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO esta VENCENDO OS OBSTÁCULOS, produzindo cada vez mais, no entanto o que o AGRONEGÓCIO BRASILEIRO não suporta mais, hora são as politicas emergenciais de SALVA GUARDA…seja ela para salvar o setor do café, da laranja, do feijão, do milho ou do trigo…se não bastasse a “IRRESPONSABILIDADE GOVERNAMENTAL” que comprometem a vida do produtor rural.
Difícil aceitar, mas o governo após ter todo conhecimento dos danos e perdas causadas por novas pragas na safra passada, dormiu em berço esplendido, e vem agora em meio ao ataque das pragas neste novo cultivo, lançar uma politica de “DECRETOS EMERGENCIAIS” para importação de inseticidas, como se estas pragas ficassem cautelosamente esperando em meio a lavoura por 15 a 20 dias…período minimo necessário para o produtor conseguir agilizar os termos burocráticos dos “decretos emergenciais”.
Amigos produtores rurais, CAUTELA DEVEMOS TER NO ANO DE 2014, ao escolher nossas novas lideranças politica, porque os políticos que ai estão, grande maioria já esta comprometida…Ou alguém duvida que a maioria destes nossos lideres vão deixar de dar apoio politico ao governo que ai esta?
Por Valdir Edemar Fries – Produtor rural em Itambé - Pr.
2 comentários
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JOAO AUGUSTO PHILIPPSEN Santo Augusto - RS
Tenho feito alguns cometários à respeito dessa gente que diz representar a classe, mas talvez muitos concordem que são uns bananas, e o que vemos? em eventos estão la puxando o saco dessas imundíces, quem apóia o governo automaticamente faz parte d'ele, são um bando de ratos ou corvos atras da carniça (leia-se verbas ou cargos). Quanto a os conflitos, a hora vai chegar, quem viver verá.
Emanuel Geraldo C. de Oliveira Imperatriz - MA
> Valdir, parabéns pelas criticas!Estou em Amarante - Ma ameaçado de ser jogado na miséria pela FUNAI (Dilma, José E Cardozo, Gilberto carvalho, Paulo Maldos, CIMI (Igreja Católica), MPF, entre outros. Não sei onde esta a peciência do pessoal do RS e MS que ainda não partiram para o conflito puro e simples...e é isso que o Governo quer. Também ainda não vi nenhuma liderança articular campanha com adesivos e propaganda de "em 2014 não vote no PT e nem em Marina" e este país esta cada vez mais parecido com Venezuela, Cuba, etc.