Garantia de renda é a somatória de clima, tecnologia empregada na terra e política agrícola, por Valdir Fries

Publicado em 22/04/2016 10:14

Nestes últimos anos, o produtor rural tem sofrido prejuízos econômicos devido às severas condições climáticas, prejuízos que, em muitos casos não comprometem os investimentos de custeio da produção, mas comprometem a renda do produtor rural.

Vivemos nestes dias do mês de abril, uma estiagem prolongada, e a depender da região, já comprometem a produção do milho safrinha inicialmente estimada. A depender de cada região, de cada tipo de solo, fertilidade e estrutura do solo de cada lavoura e do estágio vegetativo em que se encontram as plantas de milho, as perdas apresentam perdas de diferentes índices de produção, e em muitos casos, a lavoura do milho chega a apresentar perdas irreversíveis que devem comprometer não só a renda, mas também causar grandes prejuízos econômicos ao produtor, devido à falta de uma política de seguro agrícola.

É certo que a depender a tecnologia empregada em cada lavoura, estes investimentos refletem diretamente nas condições da estrutura do solo, todo produtor sabe disto, no entanto, mesmo sabendo que as perdas provocadas pelos eventos climáticos podem provocar diferentes índices de perdas a depender das condições físicas e químicas do solo, muitos dos produtores rurais não realizam os investimentos necessários e ou deixam de realizar certas práticas de conservação e recuperação do solo devido aos altos custos, e, mais uma vez perdem e ou deixam de ganhar simplesmente pela falta de uma política de garantia de renda.

Há poucos dias atrás (assim podemos dizer), produtores do noroeste do Estado do Paraná e de diversas regiões do país, sofriam perdas da estrutura física e química do solo devido às fortes chuvas que caíram.

A falta de práticas conservacionistas, e ou, a realização de práticas mecânicas de forma inadequada, sejam elas realizadas no plantio, na ocasião das operações dos tratos culturais ou na colheita, induzidos pela chamada agricultura de precisão (já comentamos no artigo ou de tratos em artigo (https://www.noticiasagricolas.com.br/artigos/artigos-geral/169509-os-caminhos-da-erosao-na-chamada-agricultura-de-precisao-por-valdir-fries.html#.VxodGPkrLcs)… 

Podemos dizer que a falta de investimentos e ou as operações mecânicas inadequadas, certamente a erosão e a compactação do solo comprometeu não somente a estrutura química e física do solo, mas também a capacidade de infiltração e armazenamento de água no solo. Hoje toda aquela água, que certamente saiu das lavouras e provocaram erosão do leito das estradas vicinais e o assoreamento dos córregos e ribeirões, estão sim fazendo falta para as plantas em meio das lavouras.

A garantia de bons índices de produção depende em muito do clima, mas investimentos feitos em tecnologia são primordiais, porém muitos produtores com o receio a respeito das consequências e dos resultados que possam acontecer no decorrer do ano, e principalmente por falta de uma política agrícola, o produtor rural, mesmo sabendo dos benefícios dos investimentos possíveis de se obter com melhoria da estrutura química e física do solo, ele deixa de realizar estes investimentos devido o medo de comprometer seu patrimônio, dada as incertezas climáticas que podem vir a frustrar a safra vindoura. Ou seja, a falta de uma política agrícola que garanta renda ao produtor, induz o produtor ao erro.

As notícias em destaque nos últimos dias quanto ao AGRONEGÓCIO, além do mercado, a questão do CLIMA tem tomado conta das discussões através da mídia e dos eventos técnicos realizados em diversas regiões que sofrem os efeitos da estiagem.

As perdas de produção são relatadas de diversas formas, por diversos produtores e técnicos além de lideranças de todas as regiões do Brasil… No extremo sul muitos produtores sofrem nestes dias pelo excesso de chuvas, em demais regiões de diversos estados brasileiros produtores agonizam os prejuízos já certos e que podem se agravar a cada dia que se passa enquanto as chuvas não chegam.

Bom seria acreditarmos que o tal PLANO PLURIANUAL que vem se discutindo para a agricultura brasileira fosse algo que garantisse uma política agrícola séria, bom se fosse se o tal PLANO PLURIANUAL tão necessário para agricultura brasileira garantisse as DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS A CADA ANO para termos a implantação de um seguro de renda…

Duro amigos é que, enquanto este governo que aí está permanecer, não temos garantia de nada, ao contrário, em todo o tempo que a MINISTRA DA AGRICULTURA, a Ex. Kátia Abreu está a frente do MAPA, ela que se dizia defensora do AGRONEGÓCIO à frente da CNA, hoje o que vimos de resultado, podemos dizer que todos são negativos, a começar pela alterações das normativas de subvenção dos seguros agrícolas, também pela redução dos recursos orçamentários para as subvenções do seguro agrícola. Todos fatores deixam cada vez difícil o acesso e até inviável ao produtor rural buscar tal mecanismo de garantia, dado aos altos custos e a baixa indenização…

Duro é ver um MINISTÉRIO DE AGRICULTURA vendendo ilusões ao tempo que perdendo espaço político diante de um setor que tem garantido superávit…

São muitos os profissionais de ciências agrárias que difundem as boas práticas para os produtores rurais, são poucos os produtores rurais que se aventuram a realizar os investimentos necessários para garantir boas safras, diante disto, são muitos os produtores que esperam por uma POLÍTICA AGRÍCOLA SÉRIA, para que possamos superar o medo e voltar a investir na terra, para termos um solo bem estruturado e uma lavoura vigorosa com sustentação para que mesmo em períodos críticos de um clima que assola as lavouras, possamos conseguir obter produção suficiente para cobrir determinados custos, mas de forma tranquila sermos compensados com uma renda mínima através de políticas governamentais em caso de frustração de safra.

A seguir imagens da cultura do milho safrinha em diversos estágios de produção, (fotos tiradas no dia 20 de abril de 2016), são lavouras que mostram o vigor das plantas, reflexo dos investimentos  realizados em tecnologia, onde podemos ver que, mesmo diante de toda falta de chuva na região, embora se tenha perdas de produção em relação as estimativas iniciais que devem comprometer parte da renda do produtor, pelas expectativas, estas lavouras de diferentes estágios, podem ao menos cobrir os investimentos de custeio, devem estar garantido devido a realização de algumas praticas de conservação e recuperação dos solos…

IMAGENS DE LAVOURA DE MILHO SAFRINHA 2016, EM ITAMBÉ – ESTADO DO PARANÁ

LAVOURA DE MILHO SAFRINHA EM FASE DE POLINIZAÇÃO:

Lavouras de milho safrinha em fase de polinização em Itambé (PR). Envio de Valdir Fries

Lavouras de milho safrinha em fase de polinização em Itambé (PR). Envio de Valdir Fries

LAVOURA DE MILHO SAFRINHA EM FASE DE FRUTIFICAÇÃO:

Lavouras de milho safrinha em fase de frutificação em Itambé (PR). Envio de Valdir Fries

Lavouras de milho safrinha em fase de frutificação em Itambé (PR). Envio de Valdir Fries

LAVOURA DE MILHO SAFRINHA EM FASE DE MATURAÇÃO:

Lavouras de milho safrinha em fase de maturação em Itambé (PR). Envio de Valdir Fries

Lavouras de milho safrinha em fase de maturação em Itambé (PR). Envio de Valdir Fries

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Fonte:
Valdir Fries

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