AgroBrasil: Boas práticas para alimentar o mundo
Os cultivos, sejam eles de qualquer cultura, possuem ferramentas bem constituídas para estabelecer atividades em sintonia com a responsabilidade socioambiental e as boas práticas agrícolas, mas apenas a instituição de regras ou fornecimento de tecnologias não é garantia da utilização correta e permanente desses recursos. É certo que o respeito às normas é fundamental. Mas é principalmente o diálogo, conscientização e capacitação dos profissionais do setor que incentivam e viabilizam a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. Para isso, é preciso, de fato, que os profissionais envolvidos entendam e abracem o conceito de responsabilidade social e ambiental e os benefícios que podem ser conquistados a partir de todo este processo que podemos chamar de Agricultura Sustentável.
Para proteger as famílias e os campos brasileiros, é preciso tecnologia de ponta e produtos eficazes, mas, é necessário acima de tudo de informação, conhecimento e educação para a família rural. Ao difundir os hábitos sustentáveis, é possível instituir uma nova mentalidade voltada à adoção de boas práticas e diminuir de maneira significativa os danos à saúde, ambiente e qualidade de vida dos profissionais envolvidos, bem como minimizar os impactos ao meio ambiente.
Nesse contexto, o grande desafio enfrentado pelas indústrias e entidades do setor agrícola é planejar, organizar, inovar e desenvolver formas de educar e levar a responsabilidade socioambiental aos campos brasileiros de maneira eficaz, rumo a uma agricultura forte e responsável.
Muito já fez para agricultura brasileira e há muito ainda a ser feito, com relação à difusão de tecnologia, novas ferramentas, biotecnologia, insumos agrícolas mais eficazes e seguros ambientalmente e com perfil toxicológico adequado as necessidades dos produtores agrícolas. Vale ressaltar, por exemplo, que o Brasil é o país que utiliza de forma mais eficiente defensivos agrícolas por tonelada de alimento produzido, ou seja, se gasta em defensivos U$ 7,39 para produzir 1 (uma) tonelada de alimentos, quando comparado ao EUA que gasta U$ 9,42 para produzir a mesma quantidade, ou até mesmo a União Européia berço da agricultura orgânica U$ 20,65/ton alimento (Fonte: Kleffman). Outro exemplo que somos referência: há 20 anos, para se produzir 1 (uma) tonelada de Arroz se gastava 5000 litros de água, hoje devido as tecnologia implantadas se gasta pouco mais de 1.800 litros para a mesma tonelada de arroz.
No entanto, os desafios não param. O Brasil sem dúvida tem potencial para ser o armazém do mundo, mas isso não será possível se não investirmos em educação, tecnologia e políticas de incentivo ao setor responsável por 27% do PIB.
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